Familiares e amigos de Gilcemir da Silva fizeram protesto pela morte do morador Fabio Costa/Agencia O Dia

Rio - A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) investiga de onde partiu o disparo que matou Gilcemir da Silva, de 47 anos, no Morro do Dezoito, em Água Santa, na Zona Norte do Rio. O homem foi atingido por uma bala perdida no rosto, no último domingo (13), quando participava de uma confraternização na casa da irmã, na comunidade. O corpo da vítima foi sepultado nesta segunda-feira (14), no Cemitério de Inhaúma.
De acordo com a Polícia Civil, as investigações estão em andamento na especializada e testemunhas serão ouvidas. "Os agentes levantam informações e realizam outras diligências para identificar e esclarecer a origem do disparo que atingiu a vítima", afirmou a polícia, em nota. A Polícia Militar também instaurou um inquérito policial militar para averiguar os fatos.
Segundo a PM, o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) vem atuando desde a última quarta-feira (9) no Morro do Dezoito para estabilizar a região por conta dos recorrentes confrontos entre criminosos rivais. Na madrugada de domingo, uma equipe em patrulhamento relatou ter sido atacada a tiros por homens armados. Após os confrontos, Gilcemir foi encontrado baleado na Rua Silva Braga e foi socorrido por policiais ao Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, mas não resistiu.
Entretanto, familiares apresentaram uma versão diferente. Em cartazes levantados durante uma manifestação pela morte do morador, nesta segunda-feira, era possível ler os dizeres "Não teve confronto, o Bope entrou atirando"."Além deles terem matado meu irmão, eles também poderiam ter me matado e os amigos que estavam tomando cerveja no meu comércio. A casa da vizinha da frente está toda furada, não é justo o que eles fizeram, precisam pagar por isso", disse irmã do homem, Gilcema da Silva.