Moïse foi vítima de uma barbárieDivulgação
A decisão pelo local foi feita em conjunto entre a pasta e os parentes de Moïse Kabagambe. Inicialmente, a Orla Rio havia oferecido o Tropicália para ser comandado pela família. Entretanto, em uma reunião no dia 15 de fevereiro, eles declararam a preferência por operar em um outro local, por não se sentirem confortáveis em assumir a operação do quiosque que vai ficar ao lado do memorial ao jovem.
Mesmo com a recusa pelo ponto no local da tragédia, a concessionária manteve as condições de compromisso ofertadas, que autorizam o uso de um espaço comercial até 2030, com isenção de aluguel, todo o suporte jurídico e contábil, além de treinamento para a gestão do local. Dessa forma, foram apresentadas outras alternativas para os familiares, que optaram pelo quiosque no Parque Madureira.
No dia 23 de fevereiro, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) solicitou, por meio de um inquérito civil, que a Prefeitura do Rio de Janeiro e a Orla Rio informassem quais medidas serão adotadas para indenizar a família de Kabagambe. O prazo para resposta é de 30 dias. O MPRJ destacou que se trata de um caso em que é patente a violação de direitos humanos de Moïse e que é papel das instituições de garantias velar pela adoção de medidas de proteção para o resguardo de Direitos Humanos.
No último dia 22, a Justiça do Rio aceitou a denúncia contra os acusados pela morte do congolês. Na decisão, a juíza Tula Correa de Mello, titular da 20ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, pediu a prisão preventiva dos envolvidos no assassinato, sendo eles Aleson Cristiano de Oliveira Fonseca, Brendon Alexander Luz da Silva e Fábio Pirineus da Silva. Com a aceitação da denúncia do MPRJ, o trio virou réu pela morte de Moïse.
Crime que chocou o país
Moïse foi espancado e morto, de acordo com relatos colhidos pela Polícia Civil, durante um desentendimento, após o jovem cobrar valores de duas diárias de trabalho no quiosque. O crime gerou grande comoção com repercussão nacional e internacional, protestos e até relatos de ameaças de familiares do congolês, que chegaram a dizer que teriam sido inibidos ao ir até o local para protestar e mostrar a indignação pelo assassinato brutal.
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