Patrícia Amieiro foi morta após seu carro ser alvo de disparos dados por policiais militares, de acordo com o MPReprodução

Rio - O Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) adiou o julgamento do pedido feito pela família Amieiro para marcar um novo júri popular com a presença de uma testemunha chave do caso que aconteceria nesta quarta-feira (16). Ainda não foi apresentada nova data para a apreciação do pedido.

"A gente vem há 14 anos lutando por justiça. Foram várias baixas na nossa família, meu pai faleceu agora sem ver justiça. São 14 anos, tem que ter um novo júri popular, esses caras (policiais) têm que ser condenados”, comentou o irmão de Patrícia, Adryano Amieiro.
Nova testemunha

De acordo com um taxista que passava na hora do crime, que se apresentou ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) para prestar depoimento como testemunha em setembro de 2020, Patrícia foi retirada do seu carro ainda viva pelos policiais. O Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) acolheu o depoimento no processo. A família Amieiro espera pelo julgamento do pedido ao Tribunal de Justiça de um novo júri popular para serem feitas novas sentenças aos policiais militares envolvidos no crime.
Relembre o caso

A engenheira Patrícia Amieiro, de 24 anos, voltava de uma festa na Zona Sul quando seu carro foi alvo de tiros disparados por policiais militares na Barra da Tijuca, na Zona Oeste, em 14 de junho de 2008. O carro de Patrícia perdeu o controle logo após os disparos colidindo com dois postes e uma mureta. Seu corpo nunca foi encontrado. Segundo o Ministério Público do Rio (MPRJ), quatro PMs estão envolvidos na morte de Patrícia.

Em 9 dezembro de 2019 foi realizado o julgamento dos envolvidos no crime em júri popular: os policiais Marcos Paulo Nogueira Maranhão e William Luís Nascimento foram condenados a três anos de prisão por fraude processual, mas absolvidos de homicídio. Enquanto Fábio Silveira Santana e Marcos Oliveira dos Santos foram absolvidos das acusações.