Apesar da presença da PM, o clima ainda é de tranquilidade na regiãoReginaldo Pimenta/ Agência O Dia

Rio - O Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), realiza, nesta terça-feira (22), uma operação na Vila Joaniza, na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio. A Polícia Militar ainda não informou o objetivo da ação. Nesta segunda-feira (21), o diretor do Centro de Recursos Integrados de Atendimento ao Adolescente (Criaad), uma das unidades do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase), Thiago Costa, foi morto a tiros próximo ao local.

Apesar da presença da PM, o clima ainda é de tranquilidade na região, que não registrou, até o momento, troca de tiros com criminosos. Ainda não há informações de prisões ou apreensões. Por volta das 16h de ontem, militares do 17º BPM (Ilha do Governador) foram acionados para verificar uma ocorrência próxima à comunidade do Barbante, na Vila Joaniza. No local, Thiago foi encontrado baleado e morto.

A vítima estaria em uma loja de materiais de construção, próximo à favela, quando teria sido reconhecido por dois criminosos que atiraram contra ele e fugiram em uma motocicleta. Segundo uma publicação do Sindicato dos Servidores do Degase (Sind-Degase) nas redes sociais, ele havia saído para comprar materiais para o Criaad, junto com outro agente. A dupla teria sido chamada pelos bandidos e o diretor teria acreditado que seria por conta de seu carro, que estava estacionado na porta do estabelecimento. 
Ainda de acordo com a publicação, Thiago então teria saído da loja e foi atingido com dois tiros na cabeça, morrendo no local. A vítima tinha 40 anos e estava há dez no Degase, por onde passou por diversas unidades. Ele deixa esposa, uma filha e um filho recém-nascido. Ainda não há informações sobre horário e local do sepultamento de Thiago. O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). "Os agentes realizam diligências em busca de informações e testemunhas que ajudem a identificar a autoria e a motivação do crime", informou a Polícia Civil, em nota. 

"Esta não é a primeira vez que um agente é morto por bandidos. Em 2020, o último caso registrado foi de um agente assassinado em Edson Passos, Mesquita. Além das perdas recentes, agentes do sistema enfrentam inseguranças recorrentes diariamente, com ameaças dentro e fora das unidades, além de rebeliões, em que dezenas de agentes já ficaram feridos. Não há estrutura, não há suporte e não há apoio em nenhum âmbito", escreveu o Sind-Degase.