Heloisa Helena e Nelson Ricardo estão entre as vítimas de novo temporal em PetrópolisReprodução internet

Rio - O professor universitário, Nelson Ricardo Ferreira da Costa, de 59 anos, é uma das cinco vítimas fatais do forte temporal que devastou Petrópolis, na Região Serrana do Rio, no último domingo. Segundo informações de moradores do local, ele estava em uma casa que desabou na Rua Washington Luiz, no Centro. A mãe dele, Heloisa Helena Caldeira da Costa, de 86 anos, também estava na residência e morreu. Até o momento, três pessoas seguem desaparecidas.
Nelson era professor de uma universidade particular do município. Doutor em Artes Visuais pela UFRJ, atuava nos cursos da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Publicidade e Propaganda e Design de Moda. Nas redes sociais, a instituição e o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio de Janeiro (Cau/RJ) lamentaram a morte do docente.
"Um professor sem igual, assim era o nosso querido professor que entretanto nos deixou. Até sempre e que descanse em paz. Conosco deixa muitos ensinamentos, grandes e lindas lições de vida. Mas também eterna saudade. Para sempre será recordado com carinho, respeito e admiração. Luto eterno", diz o post.
Nos comentários da publicação, diversos alunos também enviaram mensagens de pesar. "Meus sentimentos!
Era um professor muito legal e com muito conhecimento", disse um estudante. "O único professor que era a figura humana de todos os slides, do Egito ao Brasil... um poço de conhecimento. Vou postar foto sua sim, mesmo você achando 'brega'. A ficha ainda não caiu. Orem pelos familiares", escreveu mais uma.
O Corpo de Bombeiros continua, nesta terça-feira, as buscas por três desaparecidos. A forte chuva voltou a provocar mortes e destruição na cidade, pouco mais de um mês após a maior tragédia que o município já sofreu ao registrar 233 mortos. Cerca de 140 militares atuam nas buscas, que contam com caminhões basculantes, escavadeiras, retroescavadeiras, entre outros equipamentos.
No domingo, foram registrados 490 milímetros de chuva em menos de 24 horas em Petrópolis. Em fevereiro, foram 260 milímetros em 24 horas. De acordo com a Defesa Civil, duas pessoas mortas foram encontradas no Morro da Oficina, no Alto da Serra, área mais afetada no temporal de 15 de fevereiro. Outras duas na Rua Washington Luiz, onde uma outra pessoa foi resgatada com vida; a quinta morte foi registrada na Rua Pinto Ferreira, no bairro Valparaíso.
Os bombeiros monitoram 24 horas por dia as condições meteorológicas e os níveis pluviométricos, enviando alertas por celular, por meio do número 40199, para as regiões em caso de riscos de deslizamentos ou inundações.

A Polícia Civil informou, nesta segunda-feira, que identificou quatro das cinco vítimas encontradas mortas. O quinto corpo ainda aguarda resultado do exame papiloscópico (coletado por digitais). De acordo com a instituição, a demora na identificação se dá pelo estágio avançado de decomposição do cadáver, o que fez os peritos suspeitarem que a vítima tenha falecido na tragédia do mês passado.

Ainda segundo a polícia, caso a identificação não seja possível, será feita outra coleta de material genético para confronto de DNA com familiares de outros desaparecidos.
Vítimas fatais identificadas:
Carmelo de Souza
Nelson Ricardo Ferreira da Costa
Jussara Belarmino Souza
Heloisa Helena Caldeira da Costa
Veja quem são os desaparecidos identificados:

Miriam Gonçalves do Valle
Mario Augusto Queiroz Carvalho
Vanila de Jesus da Silva