Plataforma EpiRio reúne diferentes painéis de monitoramentoDivulgação/Secretaria Municipal de Saúde

Rio - A Prefeitura do Rio lançou, nesta sexta-feira (25), o Centro de Inteligência Epidemiológica (CIE) que, integrado ao Centro de Operações (COR), atuará no acompanhamento de diferentes indicadores de saúde pública na capital e produção de informações que vão auxiliar na tomada de decisões estratégicas da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). O projeto de monitoramento e avaliação do cenário epidemiológico é pioneiro no país, foi implantado pela Superintendência de Vigilância em Saúde da SMS e contou com o apoio da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), o escritório regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) nas Américas.

"O CIE nasce a partir da experiência de sucesso do Centro de Operações de Emergência de covid-19 (COE Covid-19) no Rio. Com o conhecimento analítico e prático adquirido, pudemos expandir para um projeto que abraça outros pontos de atenção no cenário epidemiológico do Rio de Janeiro e que se destaca pelo teor de inovação: nenhuma outra cidade no Brasil tem uma estrutura como essa. O CIE é ainda mais uma das metas do Plano Estratégico 2021-2024 da atual gestão da Prefeitura do Rio que já estamos entregando", afirmou o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz.

A estrutura de técnicos do Centro é composta por cerca de 20 profissionais dedicados exclusivamente ao polo, além de contar com a contribuição de outros 300 de toda a rede de Vigilância do município. Para criar o espaço, a OPAS/OMS realizou a doação de equipamentos de informática de ponta e de alta capacidade de processamento de dados, além de recursos tecnológicos audiovisuais. Um dos principais produtos do CIE é o Observatório Epidemiológico EpiRio, uma plataforma que reúne diferentes painéis de monitoramento, como arboviroses (dengue e chikungunya), nascimentos e mortalidade, coberturas vacinais, doenças de notificação compulsória e o de covid-19, já existente e muito utilizado durante a pandemia.
Para a elaboração dos painéis, o EpiRio usa tecnologias diferentes e uma série de bases de dados, os tornando interativos e permitindo que o usuário faça seleções de acordo com a pesquisa planejada. Outras características de destaque, segundo a SMS, são a transparência, a facilidade de uso, estar disponível 24 horas por dia e constantemente atualizado, além de apresentar a série histórica dos dados de anos anteriores, entre outros detalhes. A plataforma estará no ar com acesso liberado ao público a partir da próxima segunda-feira (28), pelo link svs.rio.br/epirio.

"O CIE une a epidemiologia e a tecnologia para a disseminação de informação para a população, além de apoiar a tomada de decisão dos gestores. Um dos seus principais produtos, o Observatório Epidemiológico da Cidade do Rio (EpiRio), funcionará como uma grande plataforma tecnológica, intuitiva e de fácil acesso, concentrando grande volume de informações em um portal de referência de transparência para os cariocas", aponta o superintendente de Vigilância em Saúde do Rio e idealizador do CIE, Márcio Garcia.

As análises produzidas pelo CIE permitirão a detecção precoce de alterações no perfil epidemiológico da cidade e, consequentemente, a antecipação das ações de resposta de atenção em saúde, vigilância e controle de doenças. O terceiro pilar do Centro é o núcleo de qualificação, que tem como foco a capacitação e aprimoramento técnico de profissionais da saúde internos e externos da SMS-Rio. Para os profissionais da rede municipal de saúde, está disponível o Programa de Treinamento em Epidemiologia Aplicada aos Serviços do SUS Nível Fundamental (Episus Fundamental Rio).
Em 2021, foram três turmas formadas, mesmo número que se espera formar este ano. Até o fim da atual gestão, em 2024, a expectativa é que haja mais 350 profissionais capacitados nessa modalidade. O CIE também está elaborando, em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), um curso de Especialização em Vigilância em Saúde com Ênfase em Epidemiologia, que tem previsão de lançamento em agosto deste ano.
Além disso, voltado para os profissionais da rede municipal de saúde e para o público em geral, há ainda o projeto "Papo de Vigilância em Saúde" que, em formato de lives de debates, visa levar conhecimento e informações atualizadas sobre temas relevantes de saúde pública, com convidados discutindo e compartilhando experiências.
Quarta dose

Nesta sexta-feira (25), os postos de saúde do Rio voltaram a ficar cheios com a procura de idosos pela vacina contra a covid-19. A segunda dose de reforço do imunizante contra o novo coronavírus começou a ser oferecida nesta quinta-feira (24) em pessoas a partir de 80 anos. A quarta dose deve ser aplicada para reforçar o sistema imunológico desta faixa etária. Todos deste grupo que forem aos postos poderão ser vacinados, independente do período de intervalo do primeiro reforço.

A aposentada Ivania de Barros, de 81 anos, procurou o Centro Municipal de Saúde Heitor Beltrão, no bairro da Tijuca, na Zona Norte do Rio, na manhã de hoje para receber o segundo reforço. Apesar de ainda não ter deixado alguns cuidados, como o uso de máscara em locais fechados e transportes públicos, ela confessou se sentir mais segura ao receber a quarta dose e incentivou outras pessoas a fazerem o mesmo.

"Eu acho certíssimo e foi muito bom a gente ter a oportunidade de tomar mais essa vacina. Eu me protejo sempre e tive a oportunidade de tomar a quarta dose. Foi bem tranquilo e peço para que todos se vacinem, porque só assim a gente extermina com esse vírus da covid. Todos vacinando, porque mesmo com a vacina, você pegando, não tem problemas maiores", declarou a aposentada.

A quarta dose também está disponível para pessoas com 18 anos ou mais que tenham imunossupressão e já receberam as três doses, sendo a última há quatro meses. Os postos do Rio seguem aplicando primeira, segunda e terceira dose para quem ainda não recebeu as vacinas. Além disso, crianças de 5 a 11 anos com deficiência ou comorbidades podem antecipar a segunda dose da Pfizer pediátrica para o intervalo de 21 dias.