Pedido de escolta para protesto de garis gerou discussão na sede da Guarda Municipal do RioReprodução/WhatsApp O DIA

Rio - Sem acordo com a prefeitura, o Sindicato dos Empregados das Empresas de Asseio e Conservação do Município do Rio de Janeiro (Siemaco/RJ) anunciou que a greve dos garis está mantida e que apenas serviços essenciais vão funcionar. Com isso, está mantida apenas a limpeza dos hospitais, escolas e feiras livres. Enquanto o martelo não é batido, uma próxima audiência de conciliação foi marcada para a quinta-feira (31).

De acordo com o secretário geral do Siemaco/RJ, Antonio Carlos da Silva, durante a audiência, a Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) ofereceu 5% de reajuste salarial (a proposta anterior era de 4%), sendo outra parte dada no mês de novembro. O sindicato, porém, pede pelo menos 19% referente a perdas salariais dos últimos três anos.

"Vamos esperar por uma nova proposta da Comlurb na próxima audiência, que será apresentada à categoria. A greve está mantida", disse Silva.

Segundo o ativista André Balbina, nesta segunda-feira (28), houve piquete em Laranjeiras, Copacabana, Leblon, todos na Zona Sul, além de ação do Centro e Madureira, este último na Zona Norte da cidade.

"Agora com o sindicato apoiando a categoria, muitos estão com menos medo de aderir a greve. Pelo menos 150 garis estiveram presentes, no final da manhã, na Tijuca, esperando uma posição do sindicato. Quando foi gritado pela janela do prédio a palavra ‘greve’, todos comemoraram. Muitos trabalhadores já abandonaram seus materiais de trabalho na rua e foram para casa", contou Balbina.

Por nota, a Comlurb afirmo que "durante a reunião, o TRT reforçou a ilegalidade da greve e a necessidade de manter a rotina de trabalho, evitando qualquer ação que impeça os garis de trabalhar, o que configura um crime contra a organização do trabalho."

Conforme o TRT, a nova audiência de conciliação será realizada, presencialmente, sendo presidida pela desembargadora Edith Tourinho, presidente do Regional.
Pela manhã, garis pararam seus caminhões de coleta de lixo na sede da Guarda Municipal do Rio, em São Cristóvão. Os funcionários da Comlurb pediram escolta da guarda para realizar os protestos, o que gerou bate-boca no local. Na última sexta-feira (25), a presidente do TRT/RJ deferiu parcialmente o pedido de liminar formulado pela Comlurb, determinando ao sindicato da categoria que se abstenha de deflagrar a greve, sob pena de multa diária de R$200 mil, em caso de descumprimento.