Na manhã desta terça-feira (29), ônibus chegaram lotados em pontos de MadureiraMarcos Porto/Agência O Dia

Rio - Na volta para casa nesta terça-feira (29), depois de uma manhã tumultuada com a greve dos rodoviários, os passageiros encontraram lentidão no trânsito. Apesar da suspensão do movimento grevista, muitas pessoas não quiseram arriscar e preferiram retornar do trabalho de trem ou de metrô.
Pelas redes sociais, passageiros se mostram indignados com o transporte público. Em um dos comentários, uma mulher desabafou:
“Não bastassem as péssimas condições do coletivo e a greve parcial de hoje, 29/03/22, o ônibus 919 sentido Pavuna, numeração B63052, GIRE TRANSPORTES, CONSÓRCIO INTERNORTE, estava literalmente cagado próximo aos bancos traseiros. Um fedor terrível continuou a circular, entrei no mesmo na estação de Ramos às 17:40h, as pessoas se amontoavam na parte dianteira do ônibus, o motorista estava ciente e continuou ‘normalmente’. O pobre trabalhador não tem 01 minuto de paz, que dia!”.
Outra pessoa reclamou da lentidão no trânsito. “Escolhi um excelente dia pra ir ao RJ. Greve de ônibus e greve dos lixeiros. Nunca vi tanto engarrafamento desde que saí de SP”, relatou.
Também pelas redes sociais, um homem falou sobre as dificuldades encontradas pelos passageiros: “Galerinha que saiu pra trabalhar hoje no RJ (eu) só passou humilhação com essa greve de ônibus, tá foda”.
De acordo com o Centro de Operações Rio, entre o fim da tarde e o início desta noite, houve registros de lentidão na Avenida Borges de Medeiros, no sentido Túnel Rebouças, na Lagoa. O trânsito também ficou lento na Avenida das Américas, no sentido Guaratiba, na altura do Recreio Shopping. Os motoristas tiveram ainda dificuldades na Avenida Brasil e outras vias da cidade.
A manhã desta terça-feira foi de caos. De acordo com o sindicato dos rodoviários, o sistema convencional foi parcialmente afetado e o BRT, que tem ônibus articulados com corredores exclusivos, chegou a ser totalmente paralisado.
Ainda pela manhã, o sindicato da categoria optou por suspender o movimento grevista diante da possibilidade da aplicação de multa de R$200 mil diários, em caso de descumprimento da decisão judicial. Os rodoviários pedem por reajuste salarial e melhores condições de trabalho.