Bastante debilitada, dona Eci recorre à sua fé. 'Ela pede a ajuda de Deus o dia inteiro', contou o filhoArquivo Pessoal
Ao lado do filho Alex Coutinho, de 48, da nora e dos netos, a senhora precisou almoçar deitada na cama. Mas, antes disso, assistiu com a família, pela televisão, ao culto da Igreja Batista da Pavuna, da qual é membro. Na tarde deste domingo, ela receberá a visita do pastor da igreja.
"Eu moro a quatro casas da minha mãe. Então, ela costuma almoçar na minha casa. Minha esposa prepara o bacalhau, mas esse ano não teve clima. Só hoje me lembrei do bacalhau. Ela também não pode sentar à mesa. Tem comido deitada na cama", contou Coutinho.
Bastante debilitada, com ferimentos em um dos braços porque o outro foi quebrado, pernas e costas machucados. Dona Eci recorre à sua fé. "Ela pede a ajuda de Deus o dia inteiro. Para tomar banho, temos que tirar a gaze dos ferimentos, o que dói muito", disse o filho de Eci informando que a família pretende se mudar da Pavuna.
A senhora viveu momentos de desespero ao ser arrastada por criminosos durante um assalto na Pavuna, na Zona Norte do Rio. Dona Eci não conseguiu se soltar do cinto de segurança do carro e, mesmo assim, os bandidos arrancaram com o veículo. A senhora foi arrastada por quase 400 metros. Ela ficou seis dias internada no hospital e teve alta na última sexta-feira. Os dois suspeitos pelo crime foram presos.
Apesar de todo o sofrimento, dona Eci não guarda mágoa e mostra como sentimentos de amor e o renascimento, comemorados na Páscoa, são importantes.
"Minha mãe é uma mulher evangélica que segue a palavra de Deus. A Justiça foi feita. Agora, não dá para guardar rancor no coração. É bola para frente", resume Coutinho.
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