Tio de Rita, Aristides Rodrigues, e irmão da vítima, Jairo Peres, no IML para fazer o reconhecimento do corpoSandro Vox/Agência O Dia
A vítima, identificada como Rita de Cássia Peres, de 47 anos, teve as roupas arrancadas durante o crime. O caso ocorreu na Rua Francisco Lengruber Portugal, no bairro Santa Isabel. De acordo com Jepherson Rodrigues, primo da mulher, ela sempre utilizava o caminho para voltar para casa.
Jepherson também contou que, de acordo com policiais que atenderam a ocorrência, o corpo de Rita tinha marcas de luta corporal, inclusive resquícios de pele e cabelo debaixo das unhas, além de sinais de estrangulamento e estupro.
Familiares da vítima estão no Instituto Médico Legal (IML) de Tribobó, nesta segunda-feira (9), para fazer o reconhecimento do corpo, que passou por uma perícia para verificar se a mulher foi estuprada. Eles aguardam o laudo para saber com clareza o que aconteceu com Rita.
Ainda segundo o primo de Rita, a polícia informou aos familiares que a vítima foi estrangulada por uma câmara de ar de pneu. O marido da mulher teria sido apontado, inicialmente, como autor do crime, porém, após ser ouvido e passar por exames, a hipótese foi descartada. Com isso, Jepherson relatou que os agentes não tinham nenhum suspeito e queriam declarar o crime como inconclusivo.
Morta no dia das mães, Rita de Cássia deixou três filhos, um de 18 anos e dois menores, de 17 e 13 anos.
A Polícia Militar informou que agentes do 7ºBPM (São Gonçalo) foram verificar ocorrência no bairro Santa Isabel, no município de São Gonçalo. No local, uma pessoa foi encontrada em óbito. A área foi isolada para perícia. Ocorrência foi encaminhada para a Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG).
Já a Civil disse que uma perícia foi realizada no local e a investigação está em andamento para esclarecer as circunstâncias do crime.
"Se eu fosse polícia, eu teria como ir lá e descobrir, porque o caso não é difícil, foi encontrado cabelo na unha dela, foi encontrado pele na unha dela. Ela lutou antes de morrer, o criminoso enforcou e ela arranhou ele todo. Quando a polícia chegou lá, a primeira coisa que eles disseram era para gente tomar cuidado porque poderia ser alguém da área e a pessoa está toda arranhada. Então tem que ver quem do local está sumido, quem está todo arranhado, porque é fácil de achar", disse.
Bastante abalado com a situação, Aristides ainda relatou que espera que o crime seja resolvido o quanto antes. Para ele, a situação sofrida por sua sobrinha pode ser um exemplo para que novos crimes como esse não voltem a acontecer.
"A vida dela não vai voltar, já se foi, mas que sirva, infelizmente, de exemplo para que outros crimes como esse não voltem acontecer. Se não prender o criminoso que fez isso, outras vítimas vão passar por esse caminho e podem ser mortas da mesma forma".
"Ele (o namorado da vítima) ficou muito transtornado com a situação. Ele ia fazer um almoço de dia das mães para ela. Ela (a vítima) tinha ido na minha casa na sexta-feira e tinha esboçado uma felicidade muito grande pelo dias das mães. A Rita foi para a casa dele no sábado, na parte da tarde, ficou com a filha até às 19h, depois voltou para casa para deixar a filha e depois voltou para a casa do namorado. Ele estava esperando ela, mas ela não chegou. Ele achou que a Rita não iria voltar e tinha deixado para ir no dia seguinte. Quando chegou de manhã, um pescador foi avisar a ele que ela estava morta no caminho".
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