Implantação de câmeras em uniformes da PM é adiada Divulgação/Governo do Estado

Rio - O Governo do Estado informou, nesta sexta-feira, que a implantação de câmeras portáteis em uniformes da Polícia Militar foi adiada e deve ficar para junho. Segundo executivo, a empresa responsável pela tecnologia, a L8 Group, disse não conseguiu cumprir o prazo de entrega por causa de "problemas operacionais" e pediu mais 20 dias. O Estado abriu processo e a companhia pode ser penalizada pela demora.
De acordo com o governo, "é fundamental que esse programa funcione em sua totalidade para que seja garantida a transparência nas ações policiais". Estava previsto que dez batalhões da cidade do Rio passariam a contar com câmeras corporais em seus uniformes a partir do dia 16 de maio, próxima segunda-feira. A expectativa do Governo do Estado era de que até o final do primeiro semestre todas as unidades operacionais convencionais da corporação utilizassem 8 mil equipamentos do tipo.
Os primeiros a aderirem às câmeras seriam os militares do 2º BPM (Botafogo); 3º BPM (Méier); 4º BPM (São Cristóvão); 5º BPM (Praça da Harmonia); 6º BPM (Tijuca); 16º BPM(Olaria); 17º BPM (Ilha do Governador); 19º BPM (Copacabana); 22º BPM (Maré) e 23º (Leblon), que fazem parte do 1º CPA (Comando de Policiamento de Área).
A tecnologia chegou a ser testada por agentes da PMs e da Operação Lei Seca durante o Réveillon de Copacabana. Cerca de 200 equipamentos fizeram o registro de atividades e abordagens. 
A instalação de câmeras portáteis foi estabelecida por decreto do governador Cláudio Castro e faz parte do projeto de transparência do Governo do Estado. Além de proteger os servidores em casos de falsas acusações, o uso do equipamento vai aumentar a transparência e a fiscalização das ações policiais. As imagens geradas em função de ocorrências poderão ficar armazenadas por até um ano.
Entenda como funciona
Para ter acesso ao equipamento, o agente vai até uma central de recarga e armazenamento de imagens, onde é feita a leitura facial. Um compartimento se abre e a câmera portátil é retirada e colocada no uniforme do agente. A gravação se inicia automaticamente quando o equipamento é liberado, e a câmera filma 12 horas seguidas. As imagens geradas são passadas para uma nuvem e podem ficar armazenadas por até um ano. As câmeras não permitem edição e nem manipulação de imagens.
As câmeras operacionais portáteis são uma solução completa de videomonitoramento, englobando câmeras, acessórios de fixação, equipamentos de carregamento elétrico e descarregamento de vídeos e links de dados para transmissão das imagens. Também estão incluídos computadores e telas para o monitoramento remoto dos agentes, rede de dados para acompanhamento das imagens em tempo real e software de gestão das imagens, tudo com suporte, treinamento e garantia.