PM atira em jovens e crianças que estavam em Batalha de Rima no Manoel Corrêa, em Cabo FrioSabrina Sá (RC24h)
O inquérito foi instaurado pela 1ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do Núcleo Cabo Frio. O órgão informou que, de acordo com os organizadores da batalha de rimas, os agentes teriam justificado a ação afirmando que “cultura é só na escola”, “rap é coisa de vagabundo” e “lugar de criança é em casa e não na praça fazendo rap”.
Para o promotor de Justiça Vinícius Lameira, titular da 1ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do Núcleo Cabo Frio, o objetivo do procedimento é atuar em defesa da liberdade de manifestação cultural dos jovens.
“Essa intervenção está sendo realizada para proteger a liberdade de manifestação cultural, de realização de batalhas de rap dentro da comunidade, sem atos de violência. Iremos ouvir os organizadores do evento, o comandante do Batalhão da PM e tentar desenvolver, conjuntamente, um protocolo de atuação da polícia quando estiverem sendo realizados eventos dessa natureza em comunidades do município’, afirmou o promotor.
A Polícia Militar informou que o procedimento interno instaurado pelo comando do 25ºBPM para apurar o episódio na Praça do bairro Manoel Corrêa, em Cabo Frio, foi concluído e encaminhado para a Corregedoria Geral da Polícia Militar. Os policiais militares envolvidos na ocorrência foram ouvidos na sede do batalhão local, foram afastados de suas funções nas ruas e transferidos para outras unidades.
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