Nove escolas do Morro dos Macacos também estão fechadas por conta do confrontoSandro Vox/Agência O Dia
Guerra no Morro dos Macacos chega ao oitavo dia de confrontos
Escolas e unidades da saúde seguem fechadas na região
Rio- Há 8 dias, moradores do Morro dos Macacos, em Vila Isabel, Zona Norte do Rio, têm medo de sair de casa. Traficantes do Terceiro Comando Puro (TCP), que domina o local, e criminosos do Comando Vermelho (CV) do Morro do São João, no Engenho Novo, estão em confronto desde a última quarta-feira (11). O policiamento está reforçado em ambos e escolas e unidades da saúde seguem fechadas na região.
A Polícia Militar informou a região da Comunidade do Morro dos Macacos, segue com amplo reforço da corporação. Também há policiamento no perímetro da Comunidade do São João, no Engenho Novo. Ainda segundo a PM, equipes da Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP), do 6º BPM (Tijuca) e do 3º BPM (Méier) estão nos acessos às comunidades e intensificam as abordagens a pessoas e veículos.
Agentes do Comando de Operações Especiais (COE) também estão sendo acionados para ações pontuais, inclusive na área de mata que interliga as comunidades.
Por conta dos conflitos na região, a Secretaria Municipal de Saúde informou que a Clínica da Família Recanto do Trovador, unidade da região, está funcionando apenas com atividades internas, sem atendimento aos moradores.
Nove escolas do Morro dos Macacos também estão fechadas por conta do confronto, mas as aulas acontecem de maneira remota. Segundo a Secretaria Municipal de Educação, a pasta, em parceria com o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, instituiu o Programa Acesso Mais Seguro em unidades localizadas em áreas de conflito. O programa tem como objetivo diminuir riscos por meio de protocolos que são aplicados por professores, alunos e toda a comunidade escolar.
A PM informou ainda que desde setembro do ano passado, as UPPs Macacos e São João prenderam mais de 50 pessoas em operações e policiamento diário. Também foram apreendidas 13 armas de fogo. Além de realizarem ações em flagrante, os policiais realizam o mapeamento das comunidades e atuam atentos à movimentação articulada dos criminosos locais, colhendo informações importantes para o trabalho integrado com as delegacias da região.
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