Sargento dos Bombeiros Paulo Cesar de Souza Albuquerque teve a prisão preventiva decretada pela JustiçaReprodução

Rio - O bombeiro Paulo César de Souza Albuquerque vai se apresentar na 32ª DP (Taquara) ainda na tarde desta sexta-feira (20), segundo seu advogado, Sandro Figueiredo. O sargento é acusado de agredir e atirar contra o atendente do McDonald’s, Mateus Domingos Carvalho, após uma discussão sobre um cupom de desconto, no último dia 9, na Taquara, Zona Oeste do Rio. Ele teve a prisão preventiva decretada pela Justiça nesta quinta-feira (19), acatando a um pedido do Ministério Público do Rio (MPRJ).

O crime foi filmado pelas câmeras de segurança do estabelecimento e Paulo César está sendo acusado de homicídio tentado qualificado por motivo torpe. O militar tem outras passagens pela polícia. Em 2012, por lesão corporal e ameaça contra uma mulher e em 2018, por violação de domicílio e invasão de um terreno. A defesa afirmou ainda que vai recorrer do pedido de prisão, já que o bombeiro é réu primário e tem bons antecedentes criminais, segundo o advogado.

“Os mecanismos necessários para revogação da prisão preventiva serão utilizados. A defesa sustenta que o acusado é primário, tem bons antecedentes, endereço fixo, reside no distrito da culpa, trabalho certo e que jamais teve notícia de que o mesmo ameaçou ou colocou em risco qualquer testemunha, além do fato do mesmo ter se apresentado voluntariamente, o que confirma que está disposto a cumprir todas as determinações judiciais sempre que for solicitado a comparecer”, afirmou Figueiredo.
Relembre o caso

O crime ocorreu por volta das 2h da madrugada do dia 9 de maio. De acordo com amigos da vítima, o homem fez um pedido no drive-thru da unidade e no momento em que foi pegar o seu pedido, já no fim do atendimento, disse ter um cupom de desconto. Mateus então tentou explicar que a informação deveria ter sido dada no início do pedido. Insatisfeito, o bombeiro quebrou a proteção de acrílico e deu um soco no rosto do atendente. Depois, entrou na loja e atirou no funcionário.

A vítima foi atingida na barriga e encaminhada para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca. Posteriormente, o paciente foi transferido para unidade particular. No último dia 10, o Corpo de Bombeiros do Rio informou que pediu a prisão preventiva do sargento e afirmou, na ocasião, que ele ficará preso no Grupamento Especial Prisional (GEP). Também foi instaurado um inquérito para apurar a conduta do militar e aberto um conselho disciplinar que, em 30 dias, vai definir se ele será expulso da corporação.