Agentes da 18ª DP (Praça da Bandeira) cumprem mandado de busca e apreensão na casa do militar Bruno Santos LimaDivulgação / PolÃcia Civil
Polícia apreende coletes e maleta de pistola na casa de militar que atirou em perito
Agentes da 18ª DP (Praça da Bandeira) cumpriram, nesta sexta-feira, o mandado de busca e apreensão
Rio - Policiais da 18ª DP (Praça da Bandeira) cumpriram, nesta sexta-feira, um mandado de busca e apreensão na casa de Bruno Santos Lima, um dos envolvidos na morte do perito papiloscopista Renato Couto, de 41 anos. No local foram apreendidos dois coletes balísticos, uma maleta de pistola e dois carregadores de pistola sem munição.
Na quinta-feira (19), o juiz Alexandre Abrahão Dias Teixeira, da 3ª Vara Criminal da Capital, recebeu a denúncia do Ministério Público na ação penal contra os sargentos Manoel Vitor Silva Soares e Bruno Santos de Lima, o cabo Daris Fidelis Motta e o pai do sargento Bruno, Lourival Ferreira de Lima. Os quatro são acusados pela morte do perito, executado a tiros no último dia 13, em um ferro-velho explorado por Lourival e Bruno, na Avenida Radial Oeste, na Praça da Bandeira, Zona Norte da cidade.
De acordo com a denúncia, o militar Bruno Santos de Lima atirou no policial, na Praça da Bandeira, e contou com a ajuda dos também militares Daris Fidélis Motta e Manoel Vítor da Silva Soares, além do seu próprio pai, Lourival Ferreira de Lima. O perito foi colocado pelo trio dentro de uma van da Marinha e jogado do alto de uma ponte no rio
A denúncia do MPRJ cita ainda que o crime foi cometido sem possibilidade de defesa, já que, no dia do assassinato do policial, Lourival o atraiu para o ferro-velho, com a promessa de pagar o valor dos itens receptados pelo local. Ao chegar no local, Renato percebeu que se tratava de uma emboscada. Os três militares teriam participado da ação, com Daris e Manoel, o segurando, mas foi Bruno quem fez os disparos.
O pai de Bruno também foi denunciado por fraude processual. Segundo a denúncia, ele recolheu os estojos dos disparos feitos pelo filho, com o intuito de atrapalhar a perícia criminal. O mesmo ato foi imputado a Daris e Emanuel que lavaram as marcas de sangue no veículo usado para transportar Renato até a ponte de onde ele foi arremessado.
O juiz também manteve a prisão preventiva dos quatro, convertida em audiência de custódia.
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