Ação é considerada a segunda mais letal do Rio de JaneiroMarcos Porto / Agência O Dia

Rio - Familiares do adolescente João Carlos Arruda Ferreira, de 16 anos, e da comerciante Carla Caroline da Silva, morto e baleada, respectivamente, durante a megaoperação na Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha, Zona Norte do Rio alegam que ambos são inocentes. Na porta do Instituto Médico Legal (IML), o irmão do adolescente afirmou que João Carlos era trabalhador e estudava de noite.
"Ele levou uma facada no peito, não foi tiro. Ele só tem 16 anos, o rapaz estudava à noite, estava fazendo o sexto ano. Não é bandido, não é bandido, é trabalhador! Nunca teve envolvimento com o tráfico", disse o irmão ao RJTV1, da TV Globo. Até o momento, a Polícia Civil confirmou 23 mortes na operação, considerada a segunda mais letal da história do Rio de Janeiro.
Já os amigos e familiares de Carla Caroline dizem que ela vendia bolo e estava no local de confronto, pois procurava pelo corpo do irmão, identificado como Carlos Henrique Pacheco da Silva, 23 anos. Ele é um dos 23 mortos na operação e tinha passagem pela polícia. 
Segundo informações da própria família da ferida, Carla tentava subir a comunidade com um mototaxista quando os dois foram baleados. O mototaxista morreu no local e a comerciante está internada no Hospital Estadual Getúlio Vargas. Segundo a direção do hospital, o estado de saúde dela é estável. A PM informou também que a mulher não está custodiada na unidade.
A Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ disse que está acompanhando as mortes que ocorreram durante a ação policial. Procurada, a Polícia Civil ainda não informou se instaurou um inquérito para apurar os dois casos citados na matéria.