Chieppe comentou os novos dados fornecidos pelo Panorama Covid-19Fabio Costa/Agência O Dia

Rio - A Secretaria de Saúde do Rio (SES) divulgou, nesta sexta-feira (27), a 2ª edição do Panorama Covid-19, que analisa dados referentes à doença no estado. O cenário é de estabilidade, mas há pequenas variações nas taxas de positividade dos exames de antígeno e de RT-PCR, assim como do número de atendimentos em UPAs e solicitações de leito.
A maioria dos testes de RT-PCR é realizado em pacientes internados. Com isso, a taxa de positividade está em 15% quando se calcula a média móvel no período de 15 a 21 de maio. Utilizando esse mesmo cálculo, a taxa estava em 20,4% entre os dias 8 e 14 de maio.
Já nos exames de antígeno, a positividade aumentou de 15,6%, no primeiro período analisado, para 18,4% semana seguinte. Na 1ª edição do Panorama Covid-19, os cálculos foram feitos por meio da média simples das taxas diárias. De acordo com a SES, a análise foi aperfeiçoada nesta semana e será mantida nas próximas edições. 
Esses dados incluem testes realizados em farmácias e unidades de saúde (públicas e privadas) de todo o estado do Rio. O secretário de Saúde, Alexandre Chieppe, comentou que o clima frio desse período do ano pode fazer com que a taxa de positividade aumente.
"Não estamos observando um aumento exponencial na taxa de positividade ou de casos e óbitos, como observado nas ocasiões das ondas já vivenciadas no estado do Rio de Janeiro. Possivelmente, essa taxa de positividade, em torno de 15% a 20%, será o esperado para covid-19 nos meses de menor temperatura e consequente aumento de circulação de vírus respiratório", explicou.
Nos últimos dias, a média diária de solicitações de leito covid-19 foi de três pacientes para UTI e enfermaria. No mesmo período, a média de pessoas aguardando esses leitos também foi de três.
O Panorama Covid-19, atualizado semanalmente, dá ênfase aos indicadores precoces, como atendimentos de síndrome gripal nas UPAs e testagem de antígenos registradas no e-SUS, que inclui os exames realizados nas unidades de saúde e nas farmácias.
"Esses indicadores são os primeiros que nos alertam para o recrudescimento da pandemia. Ou seja, antes de observarmos internações e óbitos, que são indicadores mais tardios, precisamos acompanhar se o atendimento nas UPAs e as solicitações por leitos estão aumentando ou não", afirmou o secretário.
 
 
 
Quanto ao número de atendimentos a casos de síndrome gripal em UPAs, houve um aumento de 9% em relação ao panorama da semana passada. Segundo a SES, isso configura um cenário de estabilidade.
"Observamos que os atendimentos pediátricos representam o dobro dos atendimentos de adultos por síndrome gripal. Isso se deve a fatores como a sazonalidade, já que nesta época do ano, com a queda da temperatura, a maior causa das internações nas crianças é a bronquiolite", disse Chieppe.