Monique tinha 32 anos, era vendedora e deixa uma filha de 9 anosReprodução

Rio - "Monstruosidade, uma cena terrível", disse a cunhada de Monique Barros de Souza, 32 anos, após vê-la com três facas cravadas no pescoço dentro de casa, em Bangu, Zona Norte do Rio. A família acredita que o autor do crime seja Eduardo Amaral Emiliano, companheiro da vítima, que está desaparecido. O corpo de Monique foi enterrado sob forte emoção e revolta no Cemitério de Irajá, na Zona Norte do Rio, neste sábado. A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) está investigando o caso, mas ainda não informou se solicitou um mandado de prisão contra Eduardo.
Amigos da vítima temem que o crime fique impune e dizem estar com medo do homem. Eles afirmam também que o companheiro de Monique é morador da Vila Kennedy, Zona Oeste do Rio. Um áudio gravado por um suposto amigo de Eduardo diz que ele estaria aguardando 72 horas para se entregar à polícia. A veracidade do áudio ainda não foi confirmada pela especializada que investiga o caso.
Filha da vítima estava em casa quando a mãe foi morta
A filha de Monique, de 9 anos, disse que a mãe e Eduardo não brigavam com frequência. Mas, no dia do crime, eles chegaram em casa e se trancaram no quarto. A menina ouviu gritos vindos do cômodo, que depois pararam, e então decidiu dormir.

Ainda de acordo com o relato, ela chamou a mãe para ir à escola pela manhã, que não respondeu. Nervosa, a filha pediu ajuda aos vizinhos, que acionaram a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros. A porta do quarto foi arrombada pelos militares e eles encontraram Monique com três facas fincadas no pescoço. De acordo com a cunhada de Monique, a menina disse que se sente culpada por não ter pedido ajuda ao ouvir os gritos.

"Ela está se sentindo culpada por não ter pedido socorro antes. Mas ela não tem culpa, porque ela é uma criança. Ela falou que tinha escutado eles gritando, mas depois ela falou que parou e foi dormir. Mas, ela é uma criança, não entende que talvez depois daqueles gritos ele tinha matado ela. Ela é uma criança, não tinha o que fazer", desabafou a cunhada.

Ainda segundo ela, Eduardo não apareceu no trabalho nesta sexta-feira e a mãe dele também não sabe do paradeiro do filho. Com a morte, a família da vendedora ficou muito abalada. A mãe da vítima está à base de remédios e não consegue dormir. A cunhada descreveu Monique como uma pessoa muito carinhosa e lamentou a morte da vítima.

"Ela sempre foi muito amorosa, tanto com a mãe, quanto com a filha. A mãe dela está à base de remédio, só ontem tomou três, quatro comprimidos e mesmo assim não conseguiu dormir, não conseguiu nada, está super abalada. Ela era uma pessoa muito amável com a família, com a filha então, nem se fala. Uma menina bonita, 32 anos, toda a vida pela frente. (...) Eu acho que foi uma coisa monstruosa. Foi bárbaro e monstruoso. Ele foi um monstro", afirmou.