Uerj retoma uso obrigatório da máscara em ambientes fechadosArquivo / Agência O Dia
Uerj retoma uso obrigatório da máscara em ambientes fechados
A Universidade Federal Fluminense (UFF) também passou a cobrar o uso obrigatório do equipamento de proteção na terça-feira (31)
Rio- A Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) também retomou, nesta quarta-feira (1), o uso obrigatório de máscara em ambientes fechados devido ao aumento da taxa de positividade para testes de covid-19. A decisão fica em vigor até segunda ordem. Na terça-feira (31), a Universidade Federal Fluminense (UFF) também decidiu retomar o uso do equipamento de proteção em seus 12 campus.
No comunicado, a Uerj citou a ascensão do cenário epidemiológico no Estado do Rio, tendo como base os dados do Painel Coronavírus, da Secretaria de Estado de Saúde. "Na presente semana epidemiológica, os dados apresentam aumento da positividade para testes de antígeno Sars-CoV-2 e também dos testes RT-PCR, respectivamente 18,4% e 15%".
Também ficou mantida a obrigatoriedade da apresentação do comprovante de vacina para acesso e permanência nos espaços gerenciados pela universidade pública. É requisitado a comprovação de pelo menos uma dose de reforço para covid-19 para os grupos que já foram contemplados.
A Uerj possui unidades em sete cidades do estado. São elas: Rio de Janeiro, Duque de Caxias, Petrópolis, Teresópolis, Nova Friburgo, Resende e São Gonçalo.
Especialistas falam do aumento da taxa de positividade da covid-19
O aumento da taxa de positividade para covid-19 somado ao aumento do atendimento de pacientes com síndrome respiratória grave (SRAG), informado pela Secretaria Estadual do Rio (SES), acendeu um alerta para uma possível nova onda da doença para as próximas semanas. Segundo dados do 2º Panorama da Covid-19, divulgado na sexta-feira (27), a variação ocorreu em todo o estado, mas o cenário ainda é considerado de estabilidade.
Diante das dúvidas e receios da população, principalmente nesta época do ano em que os meses são mais frios, O DIA conversou com infectologistas para analisar o atual cenário e quais medidas deverão ser retomadas, ou intensificadas. O infectologista Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações, destaca que, periodicamente, já passamos por algumas ondas da covid-19 e aprendemos que tanto a vacinação quanto a infecção natural promovem uma imunidade de quatro a seis meses, um período considerado não muito longo.
"Após a última onda da ômicron que nós tivemos no mês de janeiro, é esperado que a partir de maio e junho comecemos a acumular suscetíveis casos de vacinados que perderam essa proteção, junto daqueles que não se vacinaram adequadamente. Por isso há essa possibilidade de aumentar a taxa de transmissão", explica.
Kfouri observa que a tendência é que essas ondas continuem acontecendo de forma periódica e de magnitudes, em geral, cada vez menores, tendendo a menor gravidade em função dos vacinados. "Neste momento é importante reforçar outras medidas de proteção. Primeiro, estar adequadamente vacinado é a grande forma de se proteger das formas graves da doença, digo adequadamente vacinado com as três doses. Também é indicado reforçar as medidas que já sabemos que funcionam muito bem, como o distanciamento e a máscara, especialmente para aqueles de maior vulnerabilidade, como idosos e imunossuprimidos", alerta.
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