Linhas de onibus que andavam sumidas durante a pandemia voltam a circular no Rio de Janeiro. Na foto, linha 201 ( Santa Alexandrina x Castelo ) circulando pela Rua Araujo Porto Alegre, no Centro do RioReginaldo Pimenta / Agência O Dia

Rio - Após o acordo firmado com o Rio Ônibus e o Tribunal Reginal do Trabalho (TRT), referente ao reajuste salarial dos anos 2020/2021 e 2021/2022, além do retorno das linhas de ônibus na cidade, o Sindicato dos Rodoviários do Rio aposta na abertura de cerca de 7.100 novas vagas de emprego nos próximos meses. Segundo o presidente do Sindicato, Sebastião José, o acordo do dissídio dos rodoviários está ligado diretamente com o acordo judicial firmado entre a prefeitura, os consórcios de ônibus e o Ministério Público do Rio (MPRJ), que vai possibilitar melhorias do transporte na cidade, sem aumentar o valor das passagens.
"Uma coisa está vinculada a outra, agora o foco não está mais na passagem paga pelo passageiro. Se a prefeitura vai aumentar a quantidade de ônibus nas ruas, consequentemente as empresas terão que fazer contratações. Até novembro esperamos que tenha o retorno das vagas que foram suprimidas nos últimos anos de pandemia, já que a prefeitura exige o retorno de algumas linhas prioritárias. Há, sem dúvidas, a expectativa de um novo modelo em curso que vai dar mais opções e vai gerar mais empregos", disse.
Conforme foi estabelecido no acordo entre prefeitura, consórcios e MPRJ, além da receita da tarifa paga pelos passageiros de R$ 4,05, os consórcios irão receber um valor adicional pelo serviço efetivamente prestado com base no quilômetro rodado. A prefeitura vai atestar a quilometragem rodada por meio de GPS. As linhas que não cumprirem a quilometragem mínima exigida não receberão o pagamento de subsídio.
Já no contrato estabelecido entre o Sindicato dos Rodoviários, Rio Ônibus e TRT, será mantido o valor de R$ 500 para a cesta básica e um reajuste de 10% nos salários referentes aos anos de 2020 e 2021, sendo 5% em junho e 5% em novembro. O reajuste referente à 2022/2023 será discutido em novembro. Ainda de acordo com Sebastião, este contrato já foi aprovado e assinatura de todos é apenas uma etapa burocrática interna. "O termo já foi decidido pelo Tribunal e a assinatura virtual é mera formalidade. O martelo já está batido e os trabalhadores vão receber o que foi acordado", garantiu.