Pedro Rafael da Silva Sorrilha foi acusado de forjar provas contra o vereador Gabriel Monteiro Divulgação

Rio - O Conselho de Ética da Câmara Municipal do Rio vai ouvir, a partir das 13h desta terça-feira (7), Pedro Rafael da Silva Sorrilha, no processo contra o vereador Gabriel Monteiro (PL). O empresário foi convocado pela defesa do parlamentar, que é acusado de abuso e assédio sexual além de estupro, podendo ter seu mandato cassado. A oitiva estava prevista para a sexta-feira passada (3), mas a testemunha não compareceu.

Sorrilha é acusado por Monteiro de integrar a "máfia dos reboques". Em uma publicação do vereador feita em 10 de março, ela acusa o empresário de lhe oferecer R$ 250 mil em suborno para não ser preso e para que irregularidades não fossem denunciadas. O parlamentar ainda afirma que a testemunha forjou provas contra ele.

Além do empresário, serão ouvidos nesta semana Rafael Murmura Ângelo, Bruno Novaes Assumpção, Leandro Lima, Miqueias da Silva Felix Arsênio e Pablo Batista Foligno, testemunhas de defesa do vereador. Na sexta-feira, prestaram depoimento outras duas testemunhas de defesa, o ex-assessor Fábio Félix Ferreira e Natachi Mendonça da Silva, mãe de uma menor de idade que aparece em um dos vídeos do ex-PM.

Também já prestaram depoimento quatro testemunhas de acusação, sendo eles os ex-assessores Heitor Monteiro de Nazaré Neto e Vinícius Hayden Witeze, e os ex-funcionários Luiza Batista e Mateus Souza de Oliveira. No dia 28 de maio, Witeze morreu em um acidente na rodovia RJ-130, que liga Teresópolis a Nova Friburgo, na Região Serrana. Um dia antes de morrer, ele pediu um segurança à vereadora Teresa Bergher, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara.

Parlamentares do Conselho de Ética envolvidos no processo contra o vereador pediram à Mesa Diretora da Casa que seja realizada uma varredura de escutas em seus gabinetes e em seus aparelhos celulares. Os integrantes acreditam na possibilidade de estarem sendo espionados pelo ex-policial militar. Dos sete membros, seis solicitaram ainda o uso de carros blindados para reforçar a própria segurança. A suspeita dos parlamentares surgiu depois dos depoimentos dos ex-assessores Heitor e Vinícius.