Homem é espancado em composição de tremReprodução

Rio - Jaqueline Ribeiro, de 41 anos, irmã de um torcedor do Flamengo agredido no último domingo (5), depois de assistir a um jogo de futebol no Estádio do Maracanã, disse ao DIA, nesta segunda-feira (6), que tentou registrar ocorrência na 56ª DP (Comendador Soares), Zona Norte, mas foi ignorada pelos policiais que estavam de plantão. 
"Quem estava lá agiu de má vontade. Me disseram que eu teria que fazer a ocorrência online. Meu irmão sofreu uma agressão que podia ter até dado em óbito. Eles [agentes] foram muito ignorantes, quiseram dar até voz de prisão quando a gente reclamou dizendo que era um direito nosso", afirmou.
Procurada pela reportagem, a Polícia Civil, no entanto, nega o ocorrido. Em nota, a instituição relatou que no momento em que o homem chegou à delegacia, dois policiais que estavam trabalhando no momento prestavam atendimento. "Um deles atendia uma ocorrência prioritária, que estava sendo apresentada por policiais militares, e o outro pediu à vítima que aguardasse atendimento, mas ela não quis e optou por ir embora da unidade".
Jaqueline contestou a versão dos agentes e ressaltou que se tivesse que esperar pelo atendimento, esperaria. "Em qualquer lugar no mundo a gente tem que esperar. Eu jamais teria ido embora se eles me falassem que iriam me atender, até porque é do meu interesse", disse.
Apesar do ocorrido, a irmã do torcedor relatou que voltou na mesma unidade policial na tarde desta segunda-feira e registrou a ocorrência. "A gente só conseguiu porque eu disse que estava em contato com meu advogado. Chegamos lá e tinham três policiais. Eles não queriam atender. Depois que eu falei que procuraria a Justiça, resolveram meu caso", finalizou.
A agressão foi filmada e o vídeo circula nas redes sociais. Nas imagens, é possível ver o homem vestido apenas com uma cueca, levando chutes, inclusive no rosto. O caso teria sido em decorrência de uma briga de torcedores do Flamengo, após a derrota para o Fortaleza.