Ex-sercetário Sérgio Côrtes foi condenado a 16 anos de prisãoAgência O Dia

Rio - O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) vai recorrer da decisão judicial que devolveu, nesta quarta-feira (8), a carteira de médico ao ex-secretário de Saúde, Sérgio Côrtes. No momento, ele está autorizado a exercer a medicina no Brasil.
A carteira de Côrtes tinha sido cassada por unanimidade em 2018 pelo Cremerj e efetivada pelo Conselho Federal de Medicina no ano seguinte, quando ele foi condenado a 16 anos de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de dívidas. No entanto, a Justiça Federal decidiu pela devolução da carteira ao ex-secretário.
"Esta decisão judicial nos revolta, porque, como o Conselho que fiscaliza a profissão médica no estado, temos que zelar pela integridade da medicina. Nossa missão é cuidar da medicina, dos médicos e da sociedade, pensando na segurança da nossa população e zelando pela ética profissional. Por isso, vamos recorrer até ao Supremo Tribunal Federal, se for necessário", afirmou o presidente do Cremerj, Clovis Munhoz.
Sérgio Côrtes, alvo da Operação Ressonância, desdobramento da Lava Jato no Rio, foi secretário de Saúde na gestão de Sérgio Cabral. Segundo a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), Côrtes recebeu US$ 2,4 milhões dos empresários Miguel Iskin e Gustavo Estellita em contas ocultas na Suíça. Iskin e Estellita, sócios em uma empresa de saúde, também foram condenados, por corrupção passiva e evasão de divisas.
Procurada, a defesa do Côrtes ainda não se manifestou.