Cidade do Rio tem aumento expressivo no número de casos de dengueDivulgação

Rio - A capital do Rio contabilizou de janeiro até este sábado (11) 2.678 casos de dengue. O aumento é de 304,5% quando comparado entre os meses de janeiro e o final de junho de 2021, que teve 662 registros no total, segundo dados obtidos no Observatório Epidemiológico da Secretaria de Saúde do município (SMS). Até o fim de junho, a porcentagem pode ser ainda maior. No entanto, se comparado com o ano anterior à pandemia da covid-19, 2018 e 2019, não observamos aumento de caso em relação a média histórica.
Em 2018 foram 3.745 casos; em 2019, 15.680; em 2020, 943; e em 2021, 662. Os dados são referentes a janeiro e junho dos anos indicados. Segundo a SMS, é importante levar em consideração que nos anos de 2020 e 2021 os esforços das equipes estavam voltados para enfrentamento da pandemia do coronavírus, o que pode ter resultado em subnotificações de casos.
A SMS informou que realiza permanentemente o monitoramento do risco ambiental na cidade pelo levantamento do índice de infestação (LIRAa) e monitoramento por ovitrampas e inspeção de imóveis. "Do início do ano até 4 junho, já vistoriamos mais de 3,3 milhões de imóveis para prevenção e controle do Aedes aegypti. Nessas visitas, tratamos ou eliminamos mais 826 mil recipientes que poderiam servir de criadouros de mosquitos", disse.
Casos de dengue têm aumento de 177% no Estado do Rio
Também há um aumento expressivo em relação a todo o estado do Rio de Janeiro. Um levantamento da Secretaria de Estado de Saúde (SES), divulgado em maio deste ano, apontou aumento de 177,6% nos casos de dengue nos cinco primeiros cinco meses deste ano quando comparados com o mesmo período de 2021. Em relação a 2020, o aumento foi de 20,5% nos casos registrados.
"O levantamento mostra que não podemos descuidar da dengue. Precisamos ficar alerta para que não tenhamos uma epidemia em todo o estado no final deste ano, início do ano que vem. E a hora de agir é agora. O mosquito da dengue vive principalmente dentro das nossas casas, por isso é tão importante que todos dediquem 10 minutos por semana para combater os focos", afirmou o secretário de Estado de Saúde, Alexandre Chieppe.

Segundo a SES, ações de controle vetorial estão sendo realizadas nas nove regiões do estado, com distribuição de inseticida, monitoramento das visitas domiciliares realizadas pelos 92 municípios, envio de insumos e cadeiras de hidratação, treinamentos e capacitações presenciais, além de assessoramento das equipes municipais na investigação dos óbitos suspeitos causados por arboviroses, com base no Protocolo de Investigação de Óbitos por Arboviroses Urbanas, do Ministério da Saúde, e visitas pelas equipe do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) e vigilâncias epidemiológica e ambiental, entre outras ações.

A Secretaria reforça também a importância da prevenção. É necessário que a população não se esqueça dos cuidados em casa, como limpar e esvaziar os pratos dos vasos de plantas, manter as caixas d’água, cisternas e outros recipientes de armazenamento d’água bem fechados, evitar deixar garrafas e pneus em locais onde possam acumular água, entre outras medidas.