O caso suspeito que havia sido registrado em Macaé não se confirmou como varíola dos macacosFoto: Reprodução da internet

Rio - A Secretaria de Estado de Saúde (SES), por meio do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS), informou no fim da manhã desta segunda-feira (13) que o resultado do exame para Monkeypox (varíola do macaco) do caso registrado pelo município de Macaé deu negativo.
O paciente, um homem de 43 anos, realizou os exames complementares preconizados pelo Ministério da Saúde (MS) e o caso foi descartado. Até o momento, não há nenhum caso de varíola dos macacos confirmado no estado do Rio de Janeiro.

De acordo com a secretaria, em maio, o CIEVS enviou comunicado de alerta às secretarias municipais de Saúde orientando quanto à detecção e ao monitoramento de possíveis casos da doença. A medida tem como objetivo garantir que as vigilâncias municipais e estadual sejam notificadas dos possíveis casos e possam fazer o acompanhamento da evolução da doença.
O médico infectologista e pesquisador da Universidade Estadual do Rio (Uerj), Mario Roberto Dal Poz, explicou que a transmissão área - que é, por exemplo, o caso da covid-19 -, não foi relatada até hoje entre os casos conhecidos de varíola dos macacos. "Precisa de proximidade, de contato com a pessoa infectada, seja pela pele, lesões ou fluidos corporais da pessoa doente. Por isso, é também recomendado o isolamento das pessoas com suspeita ou casos já confirmados".
Os sintomas iniciais da varíola dos macacos costumam ser febre, dor de cabeça, dores musculares, dor nas costas, gânglios (linfonodos) inchados, calafrios e exaustão. Em geral, entre 1 a 3 dias após o aparecimento da febre, o paciente desenvolve uma erupção cutânea, geralmente começando no rosto e se espalhando para outras partes do corpo. "A pessoa infectada precisa ficar isolada até que as lesões da pele estejam completamente secas, curadas. Isso é importante", afirmou Dal Poz.
Segundo ele, não há, até o momento, motivo para receio de uma nova pandemia: "Pela forma conhecida de propagação da doença, até então, esse receio não se justifica. O importante é que os órgãos sanitários tenham controle e notifiquem todos os casos suspeitos. Além disso, claro, isolar a pessoa infectada é a melhor recomendação para se evitar o contágio".

Casos no Brasil
O Ministério da Saúde confirmou, na noite de domingo (12), o terceiro caso de varíola dos macacos no Brasil. Um homem, de 51 anos, que reside em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, foi diagnosticado com a doença. Além desse, São Paulo registrou dois casos. Estão em investigação seis casos suspeitos. Todos seguem isolados e em monitoramento.