Rio - O município do Rio registrou, até a tarde desta quarta-feira (22), 151 pacientes internados por covid-19 na rede do Sistema Único de Saúde (SUS) da cidade. A atualização das 14h15 do Painel Rio COVID-19, da prefeitura, apontou que há ainda 37 pessoas aguardando vaga por leito de enfermaria ou Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e o tempo médio de espera é de 62 horas.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), entre os pacientes em leitos na rede pública, 80% têm o esquema vacinal incompleto. A pasta considera em atraso todos os cariocas que já estão aptos a receber qualquer uma das doses disponíveis, mas não procuraram os postos para receber o imunizante. Atualmente, há 1,8 milhão de pessoas neste grupo.
Apesar do aumento, o número ainda é considerado baixo em relação em outros períodos da pandemia. Enquanto foram registrados 4.863 casos graves e 1.798 óbitos pela doença na cidade este ano, em 2021 foram 43.361 graves e 16.228 mortes. Já no primeiro ano da circulação do novo coronavírus, 2020, foram 42.620 casos graves e 18.962 óbitos.
Entretanto, este ano, houve mais casos confirmados do que nos dois anteriores. A cidade voltou a registrar aumento em maio e as autoridades vem atribuindo o crescimento à sazonalidade, já que em períodos mais frios, os vírus se proliferam com mais facilidade. Em 2020, foram 221.475, seguido por 307.605 em 2021 e 528.361 em 2022.
Ainda de acordo com o Painel da Prefeitura do Rio, na semana epidemiológica 25 deste ano, que começou no último dia 19 e se estende até o próximo sábado (25), já foram realizados 32.959 testes de covid-19 do tipo antígeno. A taxa de positividade do período está em 28%. Nas três semanas anteriores estavam em, respectivamente, 21%, 23% e 26%.
Inverno pode provocar aumento de doenças respiratórias em crianças
Com a chegada do inverno, a SMS fez um alerta para um aumento de casos de doenças respiratórias, já que o clima seco e frio favorece as infecções como gripe, bronquiolite e pneumonia em crianças. De acordo com a gerente da área técnica de Saúde da Crianças e do Adolescente da pasta, a pediatra Fernanda Dias, a maioria é causada por vírus e é mais suscetível em menores de dois anos.
"Essas crianças ainda estão com o sistema imunológico em desenvolvimento e, portanto, são mais sensíveis a infecções respiratórias. Os sinais de alerta mais comuns são vômitos, sonolência, cansaço, irritabilidade, prostração, febre persistente e dificuldades para beber líquido ou mamar no peito e tomar os remédios receitados. Apresentando esses sintomas, o responsável deve procurar imediatamente uma Clínica da Família ou Centro Municipal de Saúde. Após os primeiros cuidados, deve retornar com a criança para uma reavaliação ou se houver sinais de piora no quadro, além de utilizar os medicamentos prescritos de forma orientada", explicou a médica.
Para prevenir as infecções, é recomendado que as crianças evitem contato com pessoas resfriadas e locais com grandes aglomerações. É importante o reforço no aleitamento materno, seguindo uma alimentação saudável compatível com a idade. Manter o acompanhamento pediátrico na Unidade Básica de Saúde de referência, a partir da primeira semana de vida, é fundamental. As unidades de emergência estão disponíveis para a assistência de pacientes que apresentem sinais de gravidade.
A chegada do inverno também alerta para a importância de manter o calendário vacinal das crianças atualizado para prevenir síndromes respiratórias. A imunização contra a covid-19 está disponível para a faixa etária de 5 a 11 anos em todas as 236 unidades de Atenção Primária, além da vacinação contra a gripe, para crianças a partir de 6 meses de idade. As demais de rotina são ofertadas durante todo o ano, como as que protegem contra meningite, pneumonia, sarampo, caxumba e rubéola.
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