Ciclovia Tim Maia ganha novo guarda-corpoDivulgação

Rio - A Prefeitura do Rio concluiu nesta quarta-feira (29) as obras de reforma da Ciclovia Tim Maia, no trecho que liga São Conrado, na Zona Sul, à Barra da Tijuca, na Zona Oeste. Ao todo, 5,6 km foram reestruturados com um novo guarda-corpo.
Segundo a Secretaria de Infraestrutura, uma parte da antiga peça, feita de alumínio, foi substituída por barras de polímero reforçadas com fibra de vidro, de alta resistência e anticorrosivo, sem valor comercial. De acordo com o órgão, as reformas foram feitas para evitar vandalismo, furto e depredação do patrimônio público.
Ao todo, foram gastos R$ 4 milhões na obra da ciclovia, que estava prevista para terminar em fevereiro deste ano, mas por conta da pandemia de Covid-19, a refroma acabou atrasando devido a demora na entrega da matéria-prima vinda da China.
"As obras, além de garantirem a conservação da ciclovia, também vão proporcionar mais segurança para os usuários. O local sofria com furtos e agora recebe esse material sem valor comercial", disse o subprefeito da Zona Sul, Flavio Valle.
"Estamos comemorando a recuperação de uma importante ciclovia da cidade, que além de ter muita relevância para mobilidade urbana, ser mais uma opção de área de lazer e conectar os dois bairros, também é ponto turístico", afirmou o subprefeito da Barra da Tijuca, Raphael Lima.
Tragédia em 2016
A Ciclovia Tim Maia foi palco de uma grande tragédia em abril de 2016, quando um trecho de 26 metros entre o Leblon e São Conrado desabou, matando Eduardo Marinho Albuquerque, de 54 anos, e Ronaldo Severino da Silva, 60, que passavam pelo local. O desabamento aconteceu apenas três meses após sua inauguração.
Após a tragédia, o Instituto de Criminalística Carlos Éboli constatou que a parte da plataforma atingida pelo mar revolto estava apoiada nos pilares sem qualquer amarração e que o consórcio não previu o efeito das ondas sobre a base da via. Em 2020, 15 réus foram condenados pela Justiça a três anos, 10 meses e 20 dias de prisão.
Em fevereiro de 2018, a ciclovia teve seu segundo desabamento: cerca de 30 metros do segundo trecho, na saída de São Conrado para a Barra da Tijuca, cederam durante um temporal. Na época, a prefeitura explicou que uma galeria que passava sob a via se rompeu e encharcou o solo, provocando o afundamento.
Em fevereiro 2019, um deslizamento de terra derrubou outra parte da via na Avenida Niemeyer, na altura de São Conrado, após o então prefeito, Marcelo Crivella, gravar um vídeo em que testava a segurança da ciclovia e afirmava que estrutura havia sido reforçada para resistir ao impacto das ondas.