Valquíria da Silva foi morta pelo companheiro com escavadeira manualDivulgação
"Vínhamos avisando que ele era agressivo, fazia cárcere privado dela, não deixava ela falar com parentes e amigos, tinha muito ciúmes. Ela já tinha tentado se separar dele há uns meses, chegou também a fugir da própria casa para não se encontrar com ele, mas o rapaz sempre ia atrás dela. Minha filha dizia: 'a morte vai me fazer descansar' ", lembra ele.
As ameaças também eram direcionadas para a família da mulher. Mauro relata que Júlio quebrou a janela da sua casa e tentou colocar fogo no seu carro. O casal estava junto há oito meses e tinha brigas constantes.
A última, e fatal, discussão aconteceu dentro da casa dela, em Nova Iguaçu, quando eles voltavam de um bar. Nesta saída, eles encontraram um casal de amigos e Júlio teria ficado com ciúmes de Valquíria com um dos amigos. Os dois, então, voltaram para casa e Valquíria foi agredida e deixada no chão da sala agonizando e com muitos ferimentos.
"Quem a encontrou toda ensanguentada foi o filho dela de dez anos. Na noite anterior o menino tinha ido dormir na minha casa, mas voltou à casa da mãe de manhã para buscar o material da escola", diz Mauro, que levou a filha para o Hospital da Posse. Ela ficou internada em estado grave e não resistiu aos ferimentos.
A família de Valquíria diz que Júlio também levou consigo um cartão com R$ 3 mil e o documento de identidade dela. "Para conseguir pegar o atestado de óbito da minha filha eu tive que usar a xerox de uma identidade antiga que ela tinha em casa. Ele fugiu e levou várias coisas dela", desabafa.
A dona de casa deixa dois filhos, de 8 e 10 anos. O corpo dela será sepultado nesta quinta (30), no Cemitério Municipal de Nova Iguaçu.
Segundo a Polícia Civil, as investigações estão em andamento na 56ª DP (Comendador Soares) e diligências estão sendo realizadas para esclarecer a morte da vítima.
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