Cláudia Alvarim Barrozo chamou entregadores de "macacos"Reprodução

Rio - A defensora pública aposentada Cláudia Alvarim Barrozo anexou ao processo, que responde por racismo, uma nota pública de retratação pelo crime. Além do pedido de desculpas, Claudia foi obrigada a pagar R$ 15 mil aos entregadores chamados de "macacos" por ela. O crime aconteceu em maio deste ano em um condomínio de Itaipu, Niterói, na Região Metropolitana do Rio.
Na nota, a defensora diz que estava estressada e que o caso se tratou de uma "situação isolada". "Venho pedir desculpas pelas minhas ações neste caso, e reafirmar que o ocorrido foi uma situação de exceção em um momento de estresse e aflição de minha parte, pois, apesar de não justificar minha atitude, precisava sair a minha garagem que se encontrava trancada", escreveu.
Com a publicação da nota pública, Claudia não responderá criminalmente pelo crime. A decisão não foi bem recebida pela defesa das vítimas. Os advogados de Jonathas Souza Mendonça e Eduardo Peçanha Marques, informaram que vão entrar com um processo por danos morais.
Defensora tem mais quatro anotações criminais

Cláudia aparece em mais quatro anotações criminais como autora, sendo três por injúria racial e uma por lesão corporal. Segundo o delegado, com o andamento das investigações, ela pode pegar até três anos de prisão somente por esse caso, já os outros quatro seguem na Justiça.

Um dos casos onde Cláudia aparece sendo acusada de injúria aconteceu em 2014. Na ocasião, ela teria ofendido uma funcionária de uma empresa de plano de saúde. Segundo os registros, ela teria a chamado de "enfermeira de m..., muda, infeliz". No mesmo ano, a defensora foi acusada de ofender uma menor de idade que desistiu de participar de uma festa de debutante.