Beatriz Amorim da Silva, mãe de Guilherme Amorim, presa pela morte do filhoReprodução

Rio - Um pessoa fria e sem remorsos. Beatriz Amorim da Silva, de 23 anos, presa na quinta-feira passada (7), na Ilha Grande, na Costa Verde do Rio, pela morte do filho, Guilherme Amorim, de 1 ano de idade, em outubro do ano passado, foi descrita desta maneira pela delegada titular da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), Ana Carolina Lemos. De acordo com ela, a mãe da criança não demonstrou em momento algum arrependimento pelo crime.
"Na delegacia, ela [Beatriz Amorim] não chorou em momento algum, se manteve muito fria", disse a delegada. 
Além disso, ainda na DHBF, Beatriz teria responsabilizado seu ex-companheiro, Lucas Ferreira Costa, de 22 anos, que foi preso nesta sexta-feira (9) pela morte de Guilherme. "Nenhum dos dois assumiu o crime, um atribui a responsabilidade ao outro", explicou Ana Carolina Lemos.
O caso ocorreu no dia 30 de outubro do ano passado, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. De acordo com as investigações,  Beatriz teria deixado o filho aos cuidados de Lucas, seu ex-namorado, com quem tinha relação de amizade. A mulher teria saído de casa por volta das 17h para trabalhar, na época, em uma hamburgueria na Vila da Penha, na Zona Oeste do Rio.
Segundo a Polícia Civil, Beatriz teria chegado em casa de madrugada, por volta das 2h da manhã, ficado acordada até às 7h, quando foi dormir, sem que visse o filho, que dormia no andar superior da casa, durante este período. Somente ao acordar, por volta das 14h, a mulher chamou pelo filho e o encontrou roxo. Ela, então, acionou o Samu, que constatou a morte da criança. O laudo constatou que a causa do óbito foi "traumatismo de crânio e coluna cervical com lesão do encéfalo, produzidos por ação contundente, apresentando o menor ferimentos em diversas partes do corpo".
As investigações apontam que Lucas teria cometido o crime e Beatriz, participado. Logo após o crime, ele comprou uma passagem de ônibus para Minas Gerais na tentativa de fugir. As suspeitas da participação da mãe da criança se deu quando ela não compareceu ao enterro e por ter se mudado sem avisar a familiares sobre seu novo endereço.