Post do agente penitenciário federal Jorge José da Rocha Guaranho em 2018Reprodução

Rio - O policial penal federal Jorge Jose da Rocha Guaranho, que matou o guarda municipal e tesoureiro do PT Marcelo Aloizio de Arruda no Paraná, já foi preso por desacato em junho de 2018, no bairro Limoeiro, em Guapimirim, na Baixada Fluminense. De acordo com a Polícia Civil, Guaranho ofendeu dois agentes do 34º BPM (Guapimirim) que foram verificar uma denúncia de perturbação de sossego. 
Assim que os policiais chegaram no local, o bolsonarista teria se identificado como ex-policial militar e atual policial federal. Em seguida, chamou os militares de "oficial de m..., capitão de m..." e "praça baba-ovo e praça de m...". Ainda de acordo com a corporação, Guaranho estava muito alterado e se negou a entrar na viatura. Ele foi algemado, colocado dentro do veículo "fazendo uso necessário progressivo da força" e encaminhado à 67ª DP (Guapimirim).
Assassinato no Paraná
Marcelo Aluízio Arruda fazia uma festa, na noite de sábado (9), para comemorar seu aniversário de 50 anos na Associação Recreativa Esportiva Saúde Física Itaipu (Aresfi), em Foz do Iguaçu, no Paraná. O tema era o PT e a campanha de Lula à presidência.
Segundo testemunhas, Jorge Jose Guaranho, acompanhado de uma mulher e uma criança, teria parado o carro em frente ao local e gritado "aqui é Bolsonaro" e "mito", além de ameaçar os presentes. Em seguida, deixou o local, mas prometeu voltar e "acabar com todo mundo".
Com receio de que o agente penitenciário retornasse, Arruda, que era da Guarda Municipal de Foz de Iguaçu, decidiu pegar sua arma no carro. Já no fim da festa, Guaranho retornou sozinho ao salão do clube e fez três disparos contra o petista. Mesmo ferido, ele revidou, atingindo o agressor na cabeça. Ambos foram levados para o Hospital Municipal Padre Germano Lauck. Arruda veio a óbito na madrugada deste domingo, 10. Guaranho segue internado em estado grave.