Bruno Krupp, de 25 anos, está internado na UPA da Seap, no Complexo de GericinóDivulgação
Família de Bruno Krupp troca defesa do modelo no processo pela morte de adolescente
Atropelador será defendido por três advogados. Ele responde pelo crime de homicídio doloso eventual no trânsito, quando assume o risco de matar
Rio - A família de Bruno Krupp, de 25 anos, responsável pela morte do adolescente João Gabriel Cardim de 16 anos, no último dia 30 de julho, trocou os advogados que vão representar o modelo no processo que ele responde por homicídio doloso. Inicialmente, o atropelador estava sendo representado pelo advogado William Pena, com o apoio de Alex Martins, advogado da família de Bruno. Agora, a defesa do modelo é composta por três advogados: Ary Bergher, Marcello Ramalho e Daniela Senna.
Antes de deixar o caso, o advogado da família Krupp disse ao DIA que esteve na segunda-feira (8) na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), localizada dentro do Complexo de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, para saber sobre o estado de saúde dele. Alex informou que Bruno relatou estar sentindo muita dor no corpo e que os machucados estariam inflamados. Procurada, a Seap ainda não informou o estado de saúde do preso.
Disse ainda que a família e Bruno pediram para que seja dado todo o suporte para a família de João Gabriel. A mãe da vítima, por sua vez, disse não guardar rancor, mas que deseja que o modelo responda judicialmente pelos atos.
De acordo com a Polícia Civil, o atropelamento foi registrado inicialmente como lesão corporal na direção de veículo automotor, mas com a morte da vítima, seria investigado como homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Entretanto, a juíza estabeleceu que Bruno deve responder pelo crime de homicídio doloso eventual no trânsito, quando assume o risco de matar. Na decisão, a magistrada explica que há indícios suficientes para o submeter ao julgamento pelo Tribunal do Júri.
Nesta terça-feira, o médico Bruno Nogueira Teixeira presta depoimento na 16ª DP (Barra da Tijuca). Ele é investigado por uma possível fraude processual, já que não permitiu que o modelo fosse levado ao sistema prisional, alegando um suposto problema nos rins e necessidade de ser submetido a uma hemodiálise, além de exames.
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