Bruno Krupp, de 25 anos, está internado na UPA da Seap, no Complexo de GericinóDivulgação

Rio - O juiz João Guilherme Chaves Rosas Filho, titular do Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Niterói, concedeu nesta segunda-feira (15) uma medida protetiva para a modelo Priscila Trindade, de 28 anos, que registrou uma ocorrência de estupro contra o influenciador Bruno Krupp, de 25 anos.
Com a decisão, Bruno deve manter uma distância mínima de 200 metros da jovem e está proibido de manter contato por quaisquer meio de comunicação. O modelo está preso preventivamente pela morte do adolescente João Gabriel Cardim, de 16 anos, atropelado no último dia 30 de julho, na Barra da Tijuca.
Relembre o caso 
A modelo Priscila Trindade relatou em seu perfil no Instagram, no dia 3 de agosto, o caso de estupro cometido pelo influenciador digital e modelo Bruno Krupp, que foi preso por atropelar e matar um adolescente de 16 anos na Barra da Tijuca.
"Eu o conheci em uma roda de amigos, flertamos e, depois de alguns flertes, aceitei ir até à casa dele em Niterói para irmos a uma festa. Cheguei na festa e curti com algumas amigas minhas que chegaram lá", explicou Priscila, relatando que Bruno a teria deixado na festa, pois iria mais tarde.
Cansada, a modelo teria pedido para voltar para casa. Priscila teria aceitado dormir na casa de Bruno, pois morava no Rio. Krupp teria deixado a modelo em sua casa e voltado para a festa, retornando definitivamente para casa depois.
"Ele chegou bêbado às seis da manhã e me pegou à força. Falei várias vezes para ele parar e ele literalmente me forçou. Forçou mesmo. Depois de muito relutar, cedi e foi horrível. Era muito constrangedor porque, se eu gritasse, iria acordar a casa inteira e não tive coragem de ter uma atitude mais drástica. Fiquei chateada, mas ele falava tanta coisa idiota que eu só pensava em ir embora", disse a modelo.
Priscila disse ter sido encorajada após descobrir que já havia uma denúncia de estupro contra o influenciador registrado na Delegacia da Mulher (Deam), de Jacarepaguá.Ela ainda encorajou outras possíveis vítimas a contar suas histórias.
Novas denúncias
Mais duas mulheres registraram ocorrências por estupro contra o modelo. Com as novas denúncias, feitas na Delegacia de Atendimento a Mulher de Niterói, na Região Metropolitana do estado, sobe para quatro o número de jovens que afirmam terem sido forçadas a ter relações sexuais com o rapaz, em apartamentos de amigos em comum e após festas.
De acordo com uma das vítimas, o atendimento da Deam de Niterói é feito em completo sigilo e que o objetivo é encorajar e passar segurança para outras meninas a também oficializar a denúncia.
"Fui na Deam de Niterói oficializar minha denúncia e chegando lá, já fui direcionada diretamente para uma sala com a inspetora Carolina, onde ela escutou e anotou meu relato todo. Foi muito tranquilo e rápido e é tudo feito de forma sigilosa. A entrada da delegacia é no centro de Niterói e é bem movimentada, tem cartório e muitos outros departamentos do lado, foi muito seguro e secreto o que estávamos indo fazer", disse uma das vítimas, que não quis ser identificada.