Chefe do tráfico do Castelar é preso assistindo jogo no Maracanã Marco Aurélio dos Santos Rocha, o 'Foka'reprodução

Rio - O chefe do tráfico de drogas da comunidade do Castelar, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, foi preso na noite desta quarta-feira (17), quando assistia à partida entre o Fluminense e o Fortaleza, pela Libertadores, no Maracanã, na Zona Norte do Rio. O setor de inteligência do 39º BPM (Belford Roxo) recebeu informações de que Marco Aurélio dos Santos Rocha, conhecido como "Foka", estaria no estádio e foram ao local. 
De acordo com a Polícia Militar, as equipes do 39º BPM e do Batalhão Especializado em Policiamento em Estádios (BEPE) localizaram e prenderam o homem. Contra o traficante haviam dois mandados de prisão em aberto. A ocorrência foi encaminhada para a 19ª DP (Tijuca). "Foka" é acusado por envolvimento em diversos homicídios na comunidade do Castelar. 
Meninos de Belford Roxo
Criminosos do Castelar foram os responsáveis pelas mortes dos meninos Fernando Henrique, 12, Alexandre da Silva, 11, e Lucas Matheus, 9, que desapareceram no dia 27 de dezembro de 2020. As crianças foram vistas pela última vez caminhando na feira da Areia Branca, em Belford Roxo. Lideranças do Castelar teriam ordenado que as vítimas fossem espancadas por terem pego o passarinho do tio do traficante Wille de Castro, o Stala.
Com a repercusão dos desaparecimentos, o Comando Vermelho, facção que controla a região, tentou culpar milicianos pelo crime. Além disso, um morador da comunidade chegou a ser torturadopelo tráfico e levado à delegacia por usuários de drogas. Mas, em setembro do ano passado, um áudio em que dois traficantes confessavam a morte das crianças chegou ao conhecimento dos chefes do tráfico do CV, Wilson Quintanilha, o "Abelha", e Edgar Andrade, o "Doca", que instauraram um "tribunal".
Na reunião, "Doca" determinou a morte de pelo menos dez criminosos que teriam envolvimento direto ou indireto na morta das crianças, entre eles, o Stala. As investigações do crime pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) concluíram que as vítimas foram mortas no interior do Castelar por traficantes da facção