Ao todo, 18 girafas foram importadas da África do Sul pelo BioParque Reprodução/Ampara Animal
MPF aguarda conclusão da Polícia Federal para finalizar investigações sobre morte de girafas
Inspeção técnica realizada pelo Inea, não constatou maus tratos, abuso ou condição insalubre no Resort. Animais morreram após fugir de área de adaptação
Rio - O Ministério Público Federal (MPF) informou, nesta sexta-feira (19), aguardar a conclusão do inquérito da Polícia Federal para finalizar a investigação sobre as causas e responsabilidades envolvendo a importação de 18 girafas pelo BioParque do Rio. No dia 14 de dezembro do ano passado, após o período de quarentena, um grupo de girafas conseguiu escapar da área de cambiamento, onde três delas morreram.
Em maio, o MPF voltou a requisitar ao Instituto Estadual do Ambiente (Inea), uma nova vistoria para averiguar o estado de saúde dos animais. Cumprindo a requisição, após inspeção técnica realizada em 23 de maio, o Inea não constatou maus tratos, abuso ou condição insalubre no Resort onde se encontram as girafas.
Na esfera estadual, tramita uma ação civil pública movida pelo Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal e pela Agência de Notícias de Direitos Animais (Anda). Na ação, movida contra o Hotel Portobello e o Grupo Cataratas do Iguaçu S/A, às duas organizações não governamentais demandaram pelo fornecimento de condições adequadas à guarda dos animais, pela remoção das girafas para outro local reputado mais adequado e a condenação dos réus, solidariamente, a pagar indenização por dano moral à coletividade.
No dia 03 de fevereiro, a 7ª Vara de Fazenda Pública do Rio de Janeiro concedeu uma liminar determinando que o BioParque realizasse as obras necessárias para construção de local adequado para a permanência das girafas, observando as normas em vigor. Posteriormente, o juízo estadual determinou a realização de uma perícia a fim de verificar se os réus cumpriram ou não a decisão. Produzido o laudo pericial, foi constatado que a manutenção dos animais estaria de acordo com normas ambientais do Inea e do Ibama.
Em paralelo ao desdobrar das investigações do MPF, está em curso uma investigação criminal, perante a 12ª Vara Federal do Rio de Janeiro e tem por objeto principal a anulação do procedimento de Importação de animais silvestres exóticos, realizado pelo BioParque. Além disso, o Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal e a Agência de Notícias de Direitos Animais (Anda) pediram que os réus fossem obrigados a cuidar adequadamente das 15 girafas sobreviventes, até que elas fossem transferidas para algum santuário no Brasil, uma vez que a devolução dos animais para a África do Sul seria inviável em razão da logística e da inexistência de cooperação entre os países nesse sentido.
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