Rio - O Ministério Público Eleitoral (MPE) entrou com um pedido no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para que o ex-vereador Gabriel Monteiro (PL) tenha o horário eleitoral gratuito suspenso e que seja impedido de usar o Fundo Partidário para fazer campanha. Ele concorre ao cargo de deputado federal nas eleições.
Além de ter o mandato de vereador cassado na Câmara do Rio, na última quinta-feira (18), o ex-PM atualmente responde a um processo de impugnação para que seja impedido de se candidatar. O pedido foi enviado pela procuradora Neide Cardoso de Oliveira, que solicitou ainda que o valor da campanha já disponibilizado pelo partido seja depositado em uma conta judicial e uma multa diária em caso de descumprimento da decisão liminar.
"Diante da inviável, inválida e natimorta candidatura do aludido candidato, a Procuradoria Regional Eleitoral ante a não formulação de pedido de tutela provisória feita pela parte autoral, considera que se aplica ao presente caso o deferimento do presente pedido de tutela", escreveu.
Suplente assume lugar de Monteiro
O suplente de Gabriel Monteiro deve assumir o cargo nesta terça-feira (23), às 16h, na Câmara Municipal do Rio. Matheus Floriano (PSD) toma posse após o vereador ter perdido seu mandato por quebra de decoro parlamentar, na última quinta-feira (18), com 48 votos favoráveis à cassação. A convocação foi feita pelo presidente Carlo Caiado (sem partido) e publicada na edição desta segunda-feira (22) do Diário Oficial da Casa.
Matheus Gabriel Silva, o Matheus Floriano, foi eleito suplente do Partido Social Democrático (PSD) em 2020, com 7.086 votos. Ele era o segundo suplente, mas ficou com o cargo porque o primeiro, Eliseu Kessler, assumiu o mandato de Jones Moura, que se tornou deputado federal após a cassação da pastora Flordelis, em agosto de 2021. O agora vereador também é filho do ex-deputado federal Francisco Floriano (DEM). Pai e filho são evangélicos e frequentam a Igreja Mundial do Poder de Deus, do apóstolo Valdemiro Santiago.
Monteiro é investigado por filmar e ter relações sexuais com uma adolescente de 15 anos, por estupro e forjar vídeos na internet. Com a decisão, ele se tornou inelegível ao cargo de vereador por oito anos.
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