Ex-PM Ronnie Lessa no dia em que foi preso, em março de 2019 Arquivo / Agência O Dia

Rio - A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) manteve a rejeição do recurso da defesa de Ronnie Lessa, acusado de assassinar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, em março de 2018, no Estácio, região central do Rio. Com isso, o colegiado decidiu, na sexta-feira passada (26), manter o julgamento por júri popular do policial militar reformado.
Os advogados de Lessa pediram um habeas corpus argumentando que a fundamentação da sentença em relação às três qualificadoras do crime ("motivo torpe", "meio que dificultou a defesa da vítima" e "para assegurar a impunidade de outro crime") não seria adequada. Além disso, entendem que não haveria informações sobre o motivo do crime.
Em junho deste ano, a ministra Rosa Weber rejeitou o pedido, mantendo o julgamento por júri popular. A defesa de Lessa, então, recorreu à Primeira Turma, que manteve a decisão da ministra por unanimidade. A confirmação foi divulgada pelo STF nesta segunda-feira (29).
Ronnie Lessa foi preso em março de 2019. A denúncia apresentada pelo Ministério Público do Rio (MPRJ) aponta que ele e Élcio de Queiroz são os assassinos de Marielle e Anderson. Os dois estão presos em penitenciárias federais fora do estado do Rio, ainda não têm data marcada para irem a júri popular.