Rio - O Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ), por meio da 39ª Vara Criminal, expediu, nesta segunda-feira (5), uma medida protetiva a favor da síndica Dayse de Souza Ribeiro, de 56 anos, agredida por um morador do condomínio de luxo, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. O pedido cautelar foi feito pela defesa da vítima, que estava se sentindo ameaçada pelo agressor, identificado como Amadeu Ribeiro de Souza Neto.
Na decisão, o juiz Ricardo Coronha Pinheiro entendeu que a ação foi truculenta e que por isso ele representa um risco à Dayse. Com a medida protetiva em vigor, Amadeu foi proibido de manter qualquer contato com a síndica, seja por e-mail, celular, internet ou qualquer outro meio de comunicação. O condômino também deve manter distância mínima de 200 metros e não pode dividir, nem frequentar, as dependências onde ambos moram, como por exemplo os elevadores.
Na decisão, o magistrado também citou a agressividade exacerbada contra a mulher. "O fato de ser mulher, ao que parece, foi motivo facilitador da prática delitiva", escreveu. Em caso de descumprimento da medida, Amadeu pode ser preso em flagrante.
Relembre o caso
Proprietário de um imóvel no condomínio, Amadeu Ribeiro foi flagrado por uma câmera de segurança agredindo com um tapa forte no rosto a síndica Dayse. A agressão aconteceu dentro da academia de um dos blocos do condomínio de luxo. No registro, é possível ver que a vítima chega a ser arremessada no chão com a força do golpe desferido pelo agressor. Ela mexia no celular, sentada em uma cadeira, quando foi atingida.
Veja o momento da agressão:
Síndica é agredida por homem com tapa em condomínio de luxo na Barra da Tijuca
Segundo relato da vítima, a agressão teria sido motivada por uma proibição no uso da academia, que estaria passando por pintura naquele momento. O reparo teria sido avisado a todos os moradores do condomínio, mas o acusado insistiu em usar o espaço.
Antes da agressão, o morador teria se negado a sair do espaço, que havia permanecido fechado ao longo do dia para o reparo. Com a permanência, a síndica teria desligado as luzes do local e insistido para que ele saísse. Na sequência, ele sai do local, mas volta e atinge Dayse com um tapa. A violência foi tamanha que ela sofreu um corte no lábio.
O caso foi registrado na 16ª DP (Barra da Tijuca), que busca testemunhas para serem ouvidas e realiza diligências para concluir o inquérito.
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