‘Faraó dos Bitcoins’ tem candidatura impugnada pelo TRE-RJReprodução/ internet

Rio – Mais de 120 mil pessoas se cadastraram na administração judicial para tentar a devolução do dinheiro investido na empresa GAS Consultoria, de Glaidson Acácio dos Santos, conhecido como "Faraó dos Bitcoins". De acordo com o portal 'G1', só este grupo teria investido mais de R$ 9 bilhões na empresa, que teve os bens bloqueados pela justiça.

Nomeado pela 5ª Vara empresarial do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) como o administrador judicial responsável por cadastrar quem investiu na empresa de Glaidson, o advogado Sérgio Zveiter, estima que pelo menos 300 mil pessoas tenham investido na empresa. De acordo com o advogado, os investidores estimavam um retorno de 10% ao mês.

Foragida, mulher do 'Faraó dos Bitcoins' entra para lista vermelha da Interpol

Foragida nos Estados Unidos, a venezuelana Mirelis Zerpa, mulher de Glaidson Acácio dos Santos, conhecido como "Faraó dos Bitcoins", entrou para a lista vermelha no livro dos procurados da Interpol nesta quinta-feira (11). Ela é apontada como sócia em esquema de fraude ao sistema financeiro nacional, sonegação, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Mirelis é a responsável pelos negócios do marido e continua fazendo movimentações financeiras milionárias. Ela tem acesso às carteiras de investimentos do grupo e, em um ano, conseguiu fazer diversos e sucessivos saques de bitcoins, totalizando mais de R$ 1 bilhão de reais.

A expansão dos negócios em território americano, que agora está sendo investigada pela PF, era um plano antigo de Glaidson. Além da mulher do Faraó dos Bitcoins, o comparsa chamado Piloto, que ajudou na abertura de uma empresa nos Estados Unidos, a BG Gas, e a filha dele, também entraram para a lista vermelha da Interpol.

Faraó dos bitcoins
Glaidson Acácio dos Santos, o Faraó dos Bitcoins, é acusado de liderar um esquema de pirâmide financeira com criptomoedas pela empresa GAS Consultoria, localizada em Cabo Frio. A companhia acumulava, no fim do ano passado, mais de 570 processos na Justiça.

Ele foi preso há pouco menos de um ano, em uma mansão em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. À época, policiais apreenderam na casa R$ 15,3 milhões em espécie, entre notas de real, dólar e euro, além de barras de ouro.