Ato em Copacabana contra suspensão do novo piso salarialPedro Ivo/Agência O Dia

Rio - Mais de 200 pessoas estiveram presentes no ato pelo estabelecimento de um piso salarial para profissionais de enfermagem na Praia de Copacabana Copacabana, Zona Sul do Rio, no fim da manhã deste domingo (11). Esta é a quarta de uma série de manifestações que foram realizadas durante a semana na cidade.

No ato, muitos políticos, como a deputada estadual Enfermeira Rejane (PCdoB), deputado federal Glauber Braga (Psol), deputada federal Jandira Feghali (PCdoB) e o deputado federal Paulo Ramos (PDT), compareceram para apoiar a luta da classe.
A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ), disse, em seu discurso, que o lucro do setor privado não pode valer mais do que a vida. "O lucro não pode valer mais do que a vida e do que a valorização da enfermagem, nem do direito já configurado em lei e na emenda constitucional", declarou. "Nós precisamos trabalhar agora, todos os ministros. O setor privado tem de pagar e é já. Precisamos fazer pressão", completou.
Para o presidente do Sindicato dos Enfermeiros, Marco Schiavo, a importância do ato é mostrar para a população o quanto a categoria precisa ser valorizada. "Hoje nós temos uma lei do piso negociada e aprovada na Câmara Federal e no Senado Federal. Porém, a rede privada que tanto lucra com o trabalho da enfermagem, resolveu entrar no STF para derrubar a implantação do piso salarial da categoria", disse.  "A categoria irá continuar na luta para derrubar essa liminar e também irá lutar para conseguir as fontes de custeio desse piso salarial", completou. 

Além deles, marcaram presença na manifestação a presidente licenciada do Conselho Regional de Enfermagem (Coren-RJ), Enfermeira Lilian Behring, a presidente licenciada do Sindicato dos Enfermeiros, Mônica Armada, Carlos Kafezinho, e representantes do Movimento Gigantes da Enfermagem, Sindicato dos Enfermeiros do Rio de Janeiro, Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem do Rio de Janeiro e centrais sindicais.

A série de atos realizados por profissionais da classe são contra a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que suspendeu a lei que iria alterar o piso salarial da enfermagem.

Na quinta-feira (8), os manifestantes se reuniram reuniram em frente à nova sede da Alerj, na Rua da Ajuda, 5, no Centro da cidade. Já na sexta-feira, foram realizadas duas carreatas, uma durante a manhã e outra durante a tarde, com saída do Hospital de Bonsucesso. O segundo foi em direção ao Inca, ao Hospital Souza Aguiar e ao Into.

Os profissionais da saúde lutam pela revogação da decisão do ministro Luiz Roberto Barroso, relator do caso, que adiou por 60 dias a efetividade do piso no último domingo (4). A lei já havia sido sancionada no início de agosto, mas foi suspensa.
Com a decisão, ficaram suspensos os pagamentos dos enfermeiros respeitando o novo piso da categoria, que passaria a ser de R$ R$ 4.750.