BPTur investiga conduta de PMs em abordagem a jovem negro na Praia de Copacabana
Vídeos que circulam nas redes sociais denunciam racismo na ação dos agentes, que já teriam abordado o rapaz antes
Investigação do Batalhão de Policiamento em Áreas Turísticas é relacionada, inicialmente, à técnica de abordagem utilizada - Reprodução/Redes Sociais
Investigação do Batalhão de Policiamento em Áreas Turísticas é relacionada, inicialmente, à técnica de abordagem utilizadaReprodução/Redes Sociais
Rio - O comando do Batalhão de Policiamento em Áreas Turísticas (BPTur) instaurou uma apuração interna para avaliar a conduta de militares envolvidos na abordagem de um jovem negro, na Praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio, que teria acontecido nesta quarta-feira (21), na altura da Rua Santa Clara. O momento foi registrado por outros homens que acompanhavam o rapaz e vídeos que circulam nas redes sociais denunciam que houve racismo na ação.
De acordo com a Polícia Militar, a investigação é relacionada, inicialmente, à técnica de abordagem utilizada. As imagens mostram um policial pedindo os documentos do jovem, que ao levantar para pegá-los, é empurrado para voltar a sentar. Em seguida, o militar diz que não havia dado ordem para que ele ficasse de pé e, enquanto o homem tenta se explicar e pede para que não encoste nele, o agente passa a xingar, momento em que uma discussão se inicia entre os dois.
Ainda no vídeo, é possível ouvir os outros rapazes se queixando da abordagem, afirmando que já teria sido a segunda vez. Eles também relatam que um suspeito havia cometido um roubo há poucos minutos, mas nada teria sido feitos pelas equipes do BPTur. Com as reclamações do grupo, o PM empunha a arma e avisa para eles não se aproximarem, senão atiraria. Os jovens ainda ressaltam que não são criminosos e xingam o policial, que diz que vai "resolver o problema" do homem. Confira abaixo.
Em Botafogo, no último domingo (18), uma mulher também foi presa em flagrante pelo mesmo crime, contra uma funcionária de um bar na Rua Rodrigo de Brito, porque teria se incomodado com a mulher jantando dentro do estabelecimento. Camila Berta, de 32 anos, ainda fez ataques homofóbicos à outra colaboradora. Segundo relatos das vítimas, ela as teria chamado de "macaquinha" e "sapatão". Ela também pagou fiança, no valor de R$ 2 mil, e o caso seguiu para a Justiça.
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