O médico Lucas Rolim Valoni é investigado por lesão corporal contra um adolescente de 14 anosFoto/Reprodução

Rio - O médico Lucas Rolim Valoni está sendo investigado pela Polícia Civil de São Paulo por suspeita de lesão corporal contra um menino carioca de 14 anos, aluno da Escola Eliezer Max, de Laranjeiras, Zona Sul do Rio, durante uma excursão à capital paulista.

Câmeras de segurança do Hotel Travel Inn, na unidade do bairro do Ibirapuera, em São Paulo, registraram Lucas agredindo o adolescente.

De acordo com a Polícia Civil, o suspeito mora em Curitiba (PR) e seu depoimento será colhido por meio de carta precatória, bem como da vítima e das testemunhas, que moram no Rio de Janeiro.

Em nota, a Polícia Civil disse que as imagens do circuito interno do local foram solicitadas. "Os laudos do Instituto Médico Legal (IML) estão em elaboração e, assim que concluídos, serão analisados pela autoridade policial para auxiliar no esclarecimento dos fatos", informou a Polícia Civil.

Lucas Rolim Valoni, de 27 anos, atua como médico residente do 3° ano de Cirurgia Geral no Hospital Universitário Cajuru (HUC), localizado no bairro Cristo Rei. Ele é formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Segundo os responsáveis pelo Hotel Travel Inn, Lucas é um morador fixo do estabelecimento, tendo alugado um dos quartos diretamente com o proprietário do flat. No entanto, a direção do hotel informou que ele está impedido de retornar à unidade até que o caso seja esclarecido.

O caso

Um estudante de 14 anos da Escola Israelita Eliezer Steibarg Max Nordau, em Laranjeiras, foi agredido, na noite da última terça-feira (20), por um hóspede de um hotel em São Paulo, durante uma excursão escolar à capital paulista. O caso foi registrado na 27ª DP (Campo Belo).

A agressão aconteceu no 10º andar do hotel. Nas imagens das câmeras de segurança é possível ver dois jovens brincando em frente a um dos quartos do corredor. Lucas, incomodado com o barulho, abre a porta do quarto 1013, segura um dos meninos pela camisa e o pressiona contra a parede. Ele imobiliza o rapaz com o braço e dá uma sequência de tapas na cabeça e no rosto.

Em seguida, Lucas bate no rosto do garoto com um chinelo. Por fim, quando o menino consegue se soltar, o adolescente recebe um golpe na cabeça. Em seguida, Lucas grita com o jovem, ordenando que ele volte para o quarto. As agressões duraram cerca de 20 segundos.

Em nota, a escola Eliezer Max informou que assim que soube da ocorrência enviou uma diretora a São Paulo para acompanhar o caso e dar suporte ao aluno agredido. O colégio afirma que o aluno está bem e que foi, acompanhado de um tio, que é advogado e da diretora, à delegacia para registrar o boletim de ocorrência.

A escola comunicou que houve determinação da gerência do hotel para que o agressor não se aproximasse do grupo e se retirasse do hotel, a fim de garantir a segurança de todos, além de não poder voltar ao hotel durante a permanência dos alunos, que se encerra na quinta-feira (22/9).

"A Escola está focada em garantir a segurança do aluno e do grupo e atua com a família para a responsabilização do agressor", afirmou o colégio ao final da nota.

A Rede Travel Inn também emitiu uma nota, afirmando que a gerente do hotel se prontificou a dar todo o suporte necessário no encaminhamento e denúncia do agressor à Polícia Civil, bem como o acompanhamento com os responsáveis pelo menor em depoimento na delegacia de polícia.
"Para contribuir com as investigações, após a denúncia efetivada, o hotel Travel Inn Ibirapuera apresentou as imagens das câmeras de segurança do local a polícia, além de estar à disposição das autoridades para quaisquer outras informações, se necessárias", esclareceu a rede.