Colégio Pedro II, em Realengo, na Zona OesteReprodução

Rio – Alunos do Colégio Pedro II, campus Realengo, supostamente envolvidos no caso de sexo grupal dentro da unidade escolar, negaram o ato libidinoso em depoimentos à polícia. Sete dos oito estudantes já foram ouvidos na 33ª DP (Realengo) acompanhados dos responsáveis.
Segundo o delegado Flávio Rodrigues, responsável pelas investigações, os envolvidos disseram que, no último dia 13, quatro casais foram para a sala 12 da escola para namorar, e dois desses casais fizeram sexo na presença dos outros. Os alunos têm entre 12 e 17 anos. Ainda de acordo com o delegado, a prática libidinosa não foi flagrada por funcionários da escola. O caso ficou conhecido pelo vazamento de mensagens trocadas em um aplicativo.
"Foi tipo num final de tarde. Na verdade, foi troca de turno. Nessa hora, os inspetores estariam fora para receber os alunos do outro turno e o local estaria vazio", detalha o áudio.
As investigações seguem em andamento. A polícia ainda ouvirá um aluno para para confirmar as circunstâncias do caso e as diligências serem finalizadas.

A direção geral do Colégio Pedro II Campus Realengo informou, no último dia 17, que foi aberto processo disciplinar e os estudantes identificados como envolvidos foram suspensos por cinco dias.

"As atitudes inadequadas e desrespeitosas realizadas por um pequeno grupo de estudantes no campus não podem, nem devem, serem usadas para macular a imagem dos demais estudantes, tampouco do trabalho árduo e importante dos servidores dessa instituição", diz comunicado.
A nota revela ainda que a instituição não se manifestou antes para evitar a exposição dos alunos menores de idade.
"Foi solicitado ao SOEP que procedesse com o ofício de notificação ao Conselho Tutelar e a realização do atendimento a todas as famílias envolvidas, ações já em desenvolvimento. Considerando a não existência de materialidade, até o início da apuração da denúncia, a Direção não emitiu nenhuma forma de comunicado ou realizou qualquer tipo de exposição sobre o caso, principalmente em função do envolvimento de menores, mantendo a lisura na apuração e o devido sigilo", diz o comunicado da instituição federal, que reforçou ainda colaborar com as investigações.