O Prefeito Eduardo Paes, apresenta novo modelo de BRT. Marcos Porto/Agência O Dia
"É uma satisfação, uma alegria sem tamanho poder finalmente receber o primeiro ônibus. Sabemos que a população está sofrendo, mas infelizmente não é simples adquirir ônibus. Ônibus não está em prateleira de supermercado, então demora um tempo mesmo", disse o prefeito.
"Colocar esses ônibus novos lá naquela pista com problema a gente já danifica. O pessoal que usa a TransOeste vai ter mais oferta de ônibus, mas ainda com os modelos antigos para a gente depois poder entregar tudo novo", afirmou Paes.
Os articulados fazem parte de uma licitação de compra de 291 novos ônibus para o sistema BRT feita em março pela Prefeitura do Rio. O contrato inclui 220 articulados e 71 coletivos do tipo padrão, que devem ser usados por integrações do sistema.
Esses novos articulados foram adquiridos em três formatos: um com 22 metros e capacidade para 181 passageiros; 18 metros, com previsão para acomodar até 138 pessoas; e 23 metros, que chega a levar até 202 pessoas. Todos essas unidades virão com o visual atualizado do sistema, nas cores preto e amarelo, além de trazerem inovações, como a cabine de proteção para o motorista.
Paes defendeu durante a apresentação que o sistema pode mudar para melhor e voltar a oferecer um serviço de qualidade aos cariocas. "O BRT não foi essa tragédia que a gente viu hoje em dia sempre. Ele funcionava muito bem. Ao final de 2016 nós deixamos mais de 300 ônibus. Voltamos e tinha 120 ônibus. Não é amanhã que o problema será encerrado, mas a população voltará a ser tratada com todo respeito", disse.
Atualmente, a Mobi-Rio, empresa pública que administra o BRT, opera todos os corredores do transporte com 185 articulados. Número bem inferior ao projetado pela prefeitura do Rio como meta para atender à demanda da população.
A entrega da frota adquirida pelo município deve ser entregue por completo até meados de 2024, incluindo um novo lote de mais 270 articulados - fora os 220 do montante licitado em março. Até lá, a prefeitura terá gasto só com os coletivos dedicados aos corredores um equivalente a R$ 1,3 bilhão. O orçamento não inclui o que vem sendo gasto na reforma das estações e terminais dos quatro corredores, incluindo o TransBrasil.
"Esses ônibus não foram comprados com dinheiro de empresários, foi comprado com o recurso público, com o imposto do povo, então vamos cuidar deles", pediu o prefeito.
A ideia do município é reestabelecer por completo o BRT e entregar o sistema para concessão. "Nós não queremos ficar licitando lanterna, farol, rebimboca da parafuseta, pequenos detalhes que cabem mais ao setor privado fazer. Queremos entregar ele totalmente novo para que depois não hajam depois desculpas", finalizou.
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