Cíntia Mariano, a madrasta Reprodução

Rio -  Está marcada para a próxima sexta-feira (30) o julgamento de Cíntia Mariano Dias Cabral, de 49 anos, acusada de envenenar seus dois enteados, sendo responsável por causar a morte de Fernanda Cabral, de 22 anos. A jovem morreu no dia 28 de março após permanecer 13 dias internada. O irmão Bruno Cabral, de 16 anos, sobreviveu. 
O julgamento contará com o depoimento dos peritos contratados pela defesa de Cíntia. No último dia 17, a desembargadora Mônica Tolledo, do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) concedeu uma liminar impetrada pelo advogado da acusada, que está presa desde o último dia 20 de maio. 
A prisão preventiva foi prorrogada no dia 14 de junho pelo juiz Alexandre Abrahão Dias Teixeira. Em sua decisão, que atendia a um pedido do Ministério Público do Rio (MPRJ), ele disse ter identificado semelhanças entre os casos de Fernanda e de Bruno.

"Somente a manutenção da prisão de Cíntia possibilitará a eventual aplicação da Lei Penal e a instantânea garantia da ordem pública, evitando-se a reiteração criminosa, o que indiciariamente já se viu nestes autos em razão do surgimento de elementos do segundo fato agora melhor apurado. Ademais, tal medida se mostra indispensável, reitero, para o êxito da investigação criminal", afirmou o magistrado na decisão.
De acordo com investigação feita pela Polícia Civil, a madrasta teria envenenado refeições dos enteados durante dois meses, entre os dias 15 de março e 15 de maio. Ela usava o veneno usado para matar ratos, conhecido popularmente por chumbinho. O caso estava a cargo da 33ª DP (Realengo). Cíntia está presa no Instituto penal Oscar Stevenson, em Benfica, na Zona Norte.