14º audiência pública territorial aconteceu na Escola Municipal Rivadávia Manoel Pinto, em Pedra de Guaratiba, Zona OesteDivulgação
O encontro, realizado pela Comissão Especial do Plano Diretor, da Câmara de Vereadores, foi conduzido pelo vereador Jorge Felippe e teve a participação de técnicos do poder executivo, vereadores, moradores e de representantes da Sociedade Civil Organizada.
Uma das diretrizes do Plano Diretor são as chamadas Macrozonas do município, ou seja, áreas voltadas para uso e a ocupação do solo, mediante as estratégias de política urbana traçadas. A proposta debatida na 14ª audiência é que a Macrozona desses bairros seja predominantemente de "Uso Sustentável". A ideia então é limitar o número de construções e a intensidade da ocupação urbana, buscando criar um ambiente de transição em torno das áreas ambientais protegidas. A proposta também prevê a promoção da expansão da atividade agrícola de baixo impacto ambiental.
"Aproximadamente, 54% desse território têm alguma proteção ambiental. A ideia é tirar proveito da proteção existente para melhorar as condições dessa proteção", explica o representante da Secretaria Municipal de Planejamento Urbano, Felipe Manhães. Ele também é Gerente de Planejamento Local da Área de Planejamento 5.
Para o presidente da Câmara de Vereadores e vereador Carlo Caiado, também é importante pensar no Saneamento Básico para manter a proteção ambiental. "As principais vocações dessa região são o Meio Ambiente e o Turismo. E a questão do saneamento básico é fundamental e precisa estar no Plano Diretor", afirma.
Na audiência, a moradora da região, Dani Nunes, alertou para a necessidade de mais áreas de lazer, principalmente, para as crianças, enquanto o representante do loteamento Cinco Marias, Marcos Farinha, pediu atenção com o alagamento recorrente da Estrada da Pedra: "essa é uma via tão importante, mas uma chuvinha de cinco minutos alaga tudo, pois não há escoamento das águas pluviais".
O que é o Plano Diretor
O texto da lei, enviado pela Prefeitura em setembro do ano passado, é resultado de um longo processo de revisão, iniciado em 2018. Em 2021, o debate envolveu 111 instituições inscritas em chamamento público, além de entidades convidadas, que se reuniram para discutir o tema. O poder público também realizou nove audiências públicas em toda a cidade, que contaram com participação popular de maneira virtual e presencial. Já no Poder Legislativo, a Câmara Municipal criou uma comissão especial e realizou até o momento 22 audiências públicas de discussão, todas com participação de representantes da prefeitura. Assim, ao todo, 31 audiências já foram realizadas para discutir o projeto de lei.
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