Grupo causa confusão ao instalar caixa de cume sem autorização em mirante de Teresópolis
Objeto onde fica guardado livro de registro de montanhistas foi colocado no Mirante do Inferno, no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, sem autorização das autoridades ambientais
Caixa de cume foi fixada à rocha no alto do Mirante do Inferno, no Parnaso - Reprodução
Caixa de cume foi fixada à rocha no alto do Mirante do Inferno, no ParnasoReprodução
Rio - A instalação de uma caixa cume fora dos padrões no Mirante do Inferno, no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, em Teresópolis, provocou uma grande confusão entre montanhistas e autoridades no município. A colocação do objeto foi feita por um grupo de trilhas de Curitiba, do Paraná, no último domingo (16), durante visita ao local.
Usado para guardar um livro registro onde visitantes podem registrar seus nomes e experiências, o objeto foi instalado sem a autorização do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). A colocação da caixa foi notada, na última segunda-feira (17), após uma guia de montanhismo que fazia a trilha com dois turistas israelenses fotografar a estrutura. Ela compartilhou a imagem da caixa fixada à rocha, onde ficava um ponto de observação.
A postagem repercutiu de forma negativa nas redes sociais. "Este final de semana foi marcado por mais um grande absurdo aqui em nossa região. Um grupo, intitulado de Espartanos, veio de Curitiba, se achando os donos do pedaço e instalaram essa caixa gigantesca no cume do Mirante do Inferno, uma das trilhas mais clássicas da Serra dos Órgãos. Fizeram essa bizarrice sem o consentimento do parque e dos órgãos de montanhismo local", compartilhou um usuário no Instagram.
Após a repercussão negativa, o grupo responsável pela instalação resolveu se manifestar e pedir desculpas pelo ocorrido. "Fui ao parque pela primeira vez e constatei que já havia uma caixinha, porém estava toda amassada, vandalizada. Então, passei e-mail para o parque, só que não tive retorno e me precipitei em colocar uma nova caixa de cume nova", justifica o grupo na publicação.
De acordo com o grupo, a retirada da caixa, que não atende aos padrões, foi providenciada e deverá ser feita dentro do prazo estabelecido pela direção do Parque Estadual da Serra dos Órgãos. "Peço desculpas pelo transtorno, mas tudo foi por uma boa intenção", finalizou.
O ICMBio foi procurado pela reportagem para esclarecer quanto à data de retirada, mas, até o momento, não retornou ao contato.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.