Esposa de Bruno também foi ao IML e prestou homenagem com camisaPedro Medeiros/ Agência O Dia
Familiares de lutador morto em operação em Manguinhos liberam o corpo no IML
Bruno Esteves de Mello, de 39 anos, era professor de artes marciais na comunidade
Rio - Familiares do professor de artes marciais Bruno Esteves de Mello, de 39 anos, morto durante operação em Manguinhos, Zona Norte do Rio, nesta terça-feira (1º), foram ao Instituto Médico Legal (IML), nesta quarta-feira (2) para liberar o corpo.
Teresa Helena, de 63 anos, mãe de Bruno, em conversa com o DIA, disse que o sonho de seu filho era se tornar um lutador profissional e que, no sábado passado (29), durante um campeonato, ele havia vencido duas das três lutas que disputou e que ele iria para São Paulo competir.
"Sempre foi um menino educado", disse Teresa, que disse que quando Bruno foi preso anteriormente por porte de armas, os policiais a agradeceram pela educação do rapaz. Agora, Teresa pede justiça e revela que o professor de artes marciais deixa seis filhos.
Teresa afirmou também que policiais tentaram forjar a cena do crime para dar a entender que Bruno estaria armado e teria trocado tiros com os agentes. Foi encontrada junto ao corpo uma pistola, sendo ela da vítima. No entanto, segundo a mãe, o filho era canhoto e a arma foi achada empunhada na mão direita.
Sobre a operação
De acordo com a Polícia Civil, equipes da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC) realizavam uma ação, nesta terça-feira (1º), para repressão de roubo e transbordo de cargas, quando viram um grupo ao redor de mercadorias na rua Leopoldo Bulhões.
Ainda segundo a Civil, os agentes tentaram realizar a abordagem, mas os suspeitos fugiram. Na ocasião, foram ouvidos disparos de arma de fogo. Policiais da Coordenadoria de Recursos Especiais foram acionados para o local em busca de apoiar as equipes da DRFC.
Questionada sobre a morte, a Civil respondeu que Bruno Esteves de Mello tinha anotações criminais por porte/posse ilegal de arma de fogo, tráfico de drogas e associação para o tráfico. A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) foi acionada e realizou uma perícia no local.
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