O PM Douglas Silva não resistiu aos ferimentos Rede Social

Rio - O policial militar Michel Bonfim Dutra, autor do disparo acidental que matou o colega de farda Douglas Rosa Silva, pagou fiança de cinco salários mínimos e foi solto. A informação foi confirmada neste domingo (6) pela Polícia Civil. Ele havia sido preso em flagrante e estava custodiado na Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM). O agente, que informou que só vai falar em juízo, vai responder por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. 
O PM Douglas Rosa da Silva não resistiu aos ferimentos e morreu - Rede Social
O PM Douglas Rosa da Silva não resistiu aos ferimentos e morreuRede Social
De acordo com as investigações, o disparo foi efetuado quando Michel foi retirar as armas de ambos em um cofre na boate Lalu Lounge, localizada na Avenida Armando Lombardi, Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Douglas foi atingido no ombro direito, chegou a ser socorrido para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, no entanto, não resistiu aos ferimentos e morreu. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) e ainda não há informações sobre o local e horário do enterro do militar.
A corregedoria da corporação abriu um procedimento apuratório para investigar o caso. Além disso, o órgão informou que outro agente envolvido na ação está prestando depoimento à Polícia Civil e que a 2° Delegacia de Polícia Judiciária Militar acompanha o caso. O caso segue em investigação na 16ª DP (Barra da Tijuca).
Testemunhas prestam depoimento
Um funcionário do local, em depoimento, relatou que presenciou a cena enquanto entregava as armas e preenchia um livro de cautela, e que estava de costas para Douglas quando ouviu o disparo, mas ao virar viu o agente ensanguentado, tirando a camisa e em seguida desfalecendo no chão. O funcionário explicou ainda que há um ambiente reservado na boate para a verificação de arma de fogo, mas que que possui uma caixa de areia que fica no canto, ao lado da porta de entrada, e que ele não sabe informar se Michel adotou os procedimentos de praxe para verificação.

Uma outra testemunha, que é produtor de uma boate ao lado de onde ocorreu o caso e também amigo pessoal do PM baleado, contou que por volta das 6h, pouco tempo após entrar no estabelecimento viu o gerente gritando pedindo ajuda, informando que Douglas tinha sido atingido e estava sangrando. Em seguida, a testemunha saiu da boate, pegou o seu veículo e parou em frente a boate, onde colocaram o agente no interior do seu carro.

Ele afirmou ainda que saiu em alta velocidade pela Avenida das Américas para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, e que Douglas estava desacordado e sangrando muito, que enquanto estava guiando o automóvel ficou colocando a mão na altura do peitoral do lado direito da vítima para tentar estancar o sangramento.