Segundo vizinhos, a casa de Maria tinha problemas na estrutura e infiltrações.Reginaldo Pimenta / Agencia O Dia

Rio - O enterro de Maria das Graças Soares, de 64 anos, morta no desabamento de sua casa, no Rio Comprido, foi adiado para esta segunda-feira (7), às 12h30, no Cemitério do Catumbi, na Zona Central. O motivo da troca não foi divulgado. A princípio, o sepultamento seria neste domingo (6). Não haverá velório.
Maria vivia sozinha na habitação, que, segundo vizinhos, tinha problemas na estrutura e infiltrações. O presidente da Associação de Moradores Alex de Oliveira afirmou que já havia alertado do perigo de Maria permanecer no local antes do desabamento na sexta-feira (4), visto que desde quarta-feira (2), o terreno já vinha cedendo.
"Pela questão neurológica dela, era difícil fazê-la sair daqui. Tinha dia que ela estava mais sociável, mas tinha dia que ela estava super agressiva, xingava e tal. Ela costumava trazer muito lixo para casa e isso fazia a maior confusão para a gente ajudar. Quando uma das paredes da casa cedeu, falei que era pra ela procurar um outro local, mas ela não quis me ouvir", relatou.
Rodrigo Gonçalves, subsecretário de Defesa Civil do município esteve no local e afirmou que o caso se trata de um desabamento e não de um deslizamento por causa das chuvas, por exemplo.
"O real motivo para esse desabamento só a perícia da Polícia Civil pode apontar, mas podemos ver, pela construção, que corria sérios riscos de acontecer o que aconteceu. Severas infiltrações, laje sem proteção, ausência de colunas, isso tudo contribuiu", afirmou.